Quer aumentar a vida útil do seu carro? Cuide dos fluidos
A idade média da nossa frota é de 8 anos e 8 meses. Entre os 41,5 milhões de veículos, 16,8 milhões (41%) têm menos de 5 anos e outros 17 milhões (41%) têm entre 6 e 15 anos. Apenas 4% da frota tem mais de 20 anos.
Você quer manter seu carro rodando bem por muitos anos? Além de prestar atenção à forma como conduz o veículo, cuidar da manutenção é essencial. E os fluidos têm um papel muito importante nisso: eles são um dos principais responsáveis pela diminuição da vida útil de muitas peças.
Por isso, é fundamental trocar “religiosamente”, dentro dos prazos, o óleo de motor, combustível, óleo de freio, a água do motor, óleo de câmbio e o óleo da direção hidráulica. A economia imediatista de adiar a substituição ou de usar produtos não indicados poderá gerar desgastes precoces nas peças com as quais os fluidos têm contato.
Veja, a seguir, mais informações sobre cada um deles e as consequências da falta de acompanhamento.
ADITIVO DO RADIADOR
Possui três funções: evitar o congelamento a zero grau, evitar a ebulição (fervura) a 100 graus e, principalmente, lubrificar todas as peças por onde a água tenha contato, são elas: válvula termostática, radiador, bomba d’água e sensor de temperatura. Usar apenas a água de torneira (contendo cloro) pode causar danos significativos após cinco anos de uso. Toda a água do sistema de arrefecimento e o aditivo devem ser trocados a cada 10 mil km rodados, nas revisões.
ÓLEO DE FREIO
Possui a característica química de absorver água do ambiente, e isto acaba contaminando o sistema com água, gerando oxidação (ferrugem) e, consequentemente, vazamentos nos cilindros de roda, reparo do cilindro mestre e nos êmbolos da pinça de freio. É importante substituí-lo a cada dois anos ou 20 mil km.
ÓLEO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA
Vazamentos, mesmo que pequenos, podem exigir reparos de caixa e bomba hidráulica, que, na maioria dos casos, ultrapassam R$ 1 mil. Por isso, é importante sempre fazer revisões preventivas. Para saber quando trocar o óleo da direção hidráulica, cheque o manual do proprietário.
ÓLEO DE CÂMBIO
No caso dos câmbios mecânicos, o principal problema vem de vazamentos, na maioria dos casos, pelo retentor do semieixo.
Nos câmbios automáticos, é necessário fazer a troca a cada 30 mil km (consulte o prazo no manual do seu carro). O esquecimento da troca poderá gerar problemas sérios em longo prazo. Caso tenha que abrir um câmbio automático dificilmente você gastará menos de R$ 6 mil.
ÓLEO DO MOTOR
Sem dúvida, é o mais importante de todos. Substituir um motor cansado, além de “sangrar” seu bolso, implica em regularizar os documentos junto ao Detran.
Na hora da troca, cujo prazo varia de carro para carro, use sempre o óleo sugerido pela montadora, mesma marca e mesma classificação. Não misture óleos diferentes, mesmo que de mesma especificação. As montadoras não fazem teste de durabilidade com todos os óleos disponíveis no mercado.
A diferença nas marcas de óleo está nos aditivos que são incorporados ao óleo bruto. E quando você mistura óleos diferentes, você está misturando aditivos diferentes. Sobre pressão e altas temperaturas, eles podem gerar subprodutos indesejáveis ao bom funcionamento do motor.
Será que todos os fluidos do seu carro estão em dia? No manual do proprietário você encontrará toda informação necessária sobre prazos e especificações.
Fotos: Denis Marum/G1
