Greve no BC ameaça Pix

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, passou a defender a reestruturação das carreiras

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, passou a defender a reestruturação das carreiras

O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) reforçou o início da greve da categoria nesta sexta-feira (1º) e disse que o movimento pode ser mais severo, caso o governo publique uma medida provisória com o reajuste dos policiais federais e deixe de fora os servidores do BC.

Segundo o Sinal, uma greve mais forte poderia interromper, total ou parcialmente, o Pix, a distribuição de cédulas e moedas, as operações de mercado aberto, a divulgação do Boletim Focus (com projeções de economistas) e de “diversas taxas” e o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

Os servidores do órgão querem aumento de 26,6%. A remuneração anual de um analista do BC é de R$ 341,1 mil ou R$ 26,2 mil mensais.

“Há um alto risco de ser publicada, até 2/4/2022, a Medida Provisória com o reajuste dos Policiais Federais. Se os Técnicos e Analistas do Banco Central não estiverem nessa Medida Provisória, a greve será ainda mais forte e poderá interromper, total ou parcialmente, o Pix, a distribuição de moedas e cédulas, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), a mesa de operações do Demab e outras atividades”, disse o presidente do Sinal, Fábio Faiad, em nota.

A MP com o reajuste dos policiais não deve ser editada até 2/4, mas uma ala do governo defende a possibilidade de aumento acima da inflação depois desse prazo, até 180 dias antes do fim do mandato presidencial.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mudou de posição e passou a defender a reestruturação das carreiras da autoridade monetária dentro do governo.

Na terça, em reunião com os sindicatos que representam os servidores do BC, Campos Neto afirmou que participou de reuniões no Palácio do Planalto na véspera a respeito da reestruturação das carreiras do BC, incluindo o reajuste salarial, contou Faiad

Segundo ele, Campos Neto disse que vai tentar uma proposta em uma reunião ministerial na semana que vem. “Se vai apresentar uma proposta ou não, vamos ver semana que vem.”

Até agora, segundo o presidente do  Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central, não foi marcada outra reunião com Campos Neto ou com algum ministro. “Mas o sindicato reiterou a cobrança da reunião com o Presidente da República para tentar achar uma solução negociada.”

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