Nordeste prefere Lula a Bolsonaro; outras regiões estão indefinidas

Dados do PoderData sobre 2º turno mostram que, em 4 das 5 regiões, nenhum dos 2 candidatos tem vitória certa

Lula e Bolsonaro

Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL): no 2º turno, petista venceria no Nordeste. Outras regiões registram cenários mais embaralhados

CARLOS LINS

O Nordeste é a única das 5 regiões brasileiras que indica um cenário cristalizado a favor de 1 dos líderes da corrida presidencial, se houver 2º turno.

Hoje, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharia com 34 pontos percentuais de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nessa região, por 62% a 28%, segundo a rodada mais recente da pesquisa PoderData, realizada de 3 a 5 de julho de 2022. A dianteira do petista é consistente: nos levantamentos anteriores, realizados a cada 15 dias, Lula já derrotava Bolsonaro por ampla margem no Nordeste. Chegou a ficar 42 pontos à frente em 5 a 7 de junho, com o placar 65% X 23%.

Essa definição, no entanto, não se verifica nas outras regiões. No Sudeste e no Sul, Lula e Bolsonaro empatam tecnicamente em um eventual 2º turno, considerando-se as margens de erro de cada uma (2,7 p.p. no Sudeste e 4,7 p.p. no Sul).

Lula hoje vence no Centro-Oeste por 54 X 34%. Bolsonaro, no Norte, por 55% X 37%. As duas regiões têm margens de erro mais altas (6,9 p.p. e 6,5 p.p., respectivamente). Mas as rodadas anteriores indicam instabilidade nestas lideranças: os candidatos vinham registrando oscilações, empatando tecnicamente na maior parte dos levantamentos.

No cenário geral de 2º turno, Lula marca 50% contra 38% de Bolsonaro. Quando se observa os dados separados em cada região, os resultados são diferentes. O quadro acima mostra as curvas das últimas pesquisas, que indicam a tendência de cada grupo, com uma liderança clara de Lula no Nordeste e disputas mais emboladas nas outras 4 regiões.

A pesquisa PoderData é realizada a cada duas semanas e faz 3.000 entrevistas a cada rodada, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para os dados gerais, com intervalo de confiança de 95%. Em estratos demográficos específicos, como regiões, a margem de erro é maior porque considera-se menos entrevistas –só as que pertencem ao recorte analisado.

 

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