Partidos de Lula e Bolsonaro apoiam reeleição de Lira na Câmara; entenda a disputa no Congresso

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recebeu o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) após o resultado do segundo turno, em novembro de 2022. Foto: Joédson Alves/EFE

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recebeu o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) após o resultado do segundo turno, em novembro de 2022. Foto: Joédson Alves/EFE © Fornecido por Estadão

Tanto o partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL) quanto a sigla do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciaram apoio à reeleição do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A partir das tratativas até agora, Lira tem o voto de mais de 75% dos integrantes da Casa – 387 dos 513 deputados.

A eleição está marcada para 1º de fevereiro – quando são definidos não só o presidente, mas todos os integrantes da Mesa Diretora. Para ter início, o pleito precisa do quórum básico de 257 deputados federais, número mínimo também para que o presidente seja escolhido em primeiro turno. Até agora, Lira é o único candidato na disputa.

O anúncio do PT foi feito nesta segunda-feira, 29. A federação formada pela sigla junto com o PCdoB e PV definiu aderir a Lira em bloco com o PSB, somando 94 deputados federais. A decisão do partido de Lula busca evitar repetir o mesmo erro cometido com Eduardo Cunha, à frente Casa em 2016 e um dos “patrocinadores” do impeachment de Dilma Rousseff (PT). Se a disputa fosse hoje, Lira seria eleito sem dificuldades.

O anúncio petista representa também uma mudança de postura em relação à que era adotada por Lula durante a campanha eleitoral. Lira consolidou sua rede de apoios com o orçamento secreto, esquema de compra de apoio político revelado pelo Estadão, e fortemente criticado pelo vencedor da eleição presidencial deste ano. Em vários discursos e entrevistas, Lula classificou o orçamento secreto de “excrescência” e já chegou a reclamar do poder do deputado do PP, a quem chamou de “imperador do Japão”.

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