O voto de cada senador no ‘projeto dos vereadores’
Apenas seis senadores ousaram acomodar o interesse do contribuinte acima da conveniência dos vereadores.
Na votação da proposta que recriou 7.343 vagas nas câmaras municipais, anotaram “não” no painel eletrônico:
1) Álvaro Dias (PSDB-PR); 2) Cristovam Buarque (PDT-DF); 3) Kátia Abreu (DEM-TO); 4) João Pedro (PT-AM); 5) Raimundo Colombo (DEM-SC); e 6) Tião Viana (PT-AC).
Os outros senadores presentes à sessão votaram “sim”. Gilvan Borges (PMDB-AP), que pressionara a tecla “abstenção”, foi ao microfone para retificar o voto: “sim”.
Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, ambos do PT de São Paulo, criticaram a ausência de imposição de limites para as despesas das câmaras municipais.
Na hora de votar, porém, a dupla disse “sim”. A votação foi feita em dois turnos. Houve senadores que votaram apenas num round.
Na turma do “não”, por exemplo, Álvaro Dias só votou no primeiro turno. Cristovam, só no segundo.
Na turma do “sim”, Renan Calheiros só deu as caras no painel na rodada final.
A lista abaixo, organizada por Estado, traz os nomes de todos os senadores que ajudaram a aprovar a proposta no segundo turno (58 no total).
O signatária do blog optou por essa lista por que ela é mais completa do que a do primeiro turno. Eis os nomes da turma do “sim”:
1. Alagoas: Ada Mello (PTB) e Renan Calheiros (PMDB);
2. Amazonas: Arthur Virgílio (PSDB) e Jefferson Praia (PDT);
3. Amapá: Gilvam Borges (PMDB) e Papaléo Paes (PSDB);
4. Bahia: Antônio Carlos Junior (DEM) e César Borges (PR-BA);
5. Ceará: Inácio Arruda (PCdoB), Patrícia Saboya (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB);
6. Distrito Federal: Adelmir Santana (DEM) e Gim Argello (PTB):
7. Espírito Santo: Gerson Camata (PMDB), Magno Malta (PR) e Renato Casagrande (PSB);
8. Goiás: Demóstenes Torres (DEM), Lúcia Vânia (PSDB) e Marconi Perillo (PSDB);
9. Maranhão: Roseana Sarney (PMDB);
10. Mato Grosso: Serys Slhessarenko (PT), Gilberto Goellner (DEM) e Jayme Campos (DEM);
11. Mato Grosso do Sul: Delcídio Amaral (PT) e Valter Pereira (PMDB);
12. Minas Gerais: Eduardo Azeredo (PSDB) e Wellington Salgado (PMDB);
13. Pará: Flexa Ribeiro (PSDB) e José Nery (PSOL);
14. Paraíba: Cícero Lucena (PSDB);
15. Paraná: Flávio Arns (PT) e Osmar Dias (PDT);
16. Pernambuco: Marco Maciel (DEM);
17: Piauí: Heráclito Fortes (DEM), João Vicente Claudino (PTB) e Mão Santa (PMDB);
18. Rio de Janeiro: Francisco Dornelles (PP), Marcelo Crivella (PRB) e Paulo Duque (PMDB);
19. Rio Grande do Norte: José Agripino (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM);
20. Rio Grande do Sul: Paulo Paim (PT), Pedro Simon (PMDB) e Sérgio Zambiasi (PTB);
21. Roraima: Augusto Botelho (PR), Mozarildo Cavalcanti (PTB) e Romero Jucá (PMDB);
22. Rondônia: Expedito Júnior (PR), Fátima Cleide (PT) e Valdir Raupp (PMDB);
23. Santa Catarina: Ideli Salvatti (PT) e Neuto do Conto (PMDB);
24. São Paulo: Aloizio Mercadante (PT) e Eduardo Suplicy(PT);
25. Sergipe: Antônio Carlos Valadares (PSB) e Virgílio de Carvalho (PSC);
26. Tocantins: João Ribeiro (PR) e Leomar Quintanilha (PMDB).
O placar a favor da emenda só não foi mais elástico por que houve 19 ausências.
Vale recordar: A proposta que recria 7.343 vagas de vereador havia sido votada na Câmara em 28 de março.
Entre os deputados, apenas dez se animaram a votar contra. Houve 359 votos a favor. Anotaram-se quatro abtenções.
O texto da Câmara incluía um artigo que reduzia as despesas das prefeituas com as câmaras de vereadores.
No Senado, esse pedaço do texto foi suprimido. Converteu-se num projeto à parte, chamado tecnicamente de “PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Paralela”. Para ser votada sabe Deus quando.
Escrito por Josias de Souza