Deu na Folha de S.Paulo
Doação para PT, PSDB, DEM e PMDB subiu 997% em 2008
A arrecadação dos quatro principais partidos políticos do Brasil explodiu em 2008 com doações recebidas de empresas que exacerbaram, no ano passado, o mecanismo usado para ocultar a identificação dos reais financiadores dos candidatos a cargos públicos.
De acordo com a prestação de contas entregue na quinta-feira ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e obtida pela Folha, PT, PSDB, DEM e PMDB arrecadaram R$ 240,5 milhões em 2008, ano das eleições municipais, sendo que 57% desse total veio de doações.
O valor das contribuições recebidas pelos quatro partidos é 997% maior do que o que foi destinado a eles em 2007, ano em que não houve eleições; e 77,4% acima do que arrecadaram em 2006, ano das eleições para presidente, governador, Congresso e Assembleias Legislativas (em valores já corrigidos pela inflação do período).
Os recursos recebidos pelos partidos em 2008 foram em quase sua totalidade direcionadas aos candidatos que concorreram naquele ano a prefeito e a vereador. Essa forma de doação indireta, que é legal, é usada pelas empresas para que seus nomes não sejam vinculados a esse ou aquele político.
Na prestação de contas dos partidos, não é possível saber qual candidato exatamente foi beneficiado pelo recurso doado por determinada empresa. Construtoras, bancos e empresas de coleta e tratamento de lixo aparecem na lista dos maiores colaboradores das legendas. Assinante do jornal leia mais em: Doação para PT, PSDB, DEM e PMDB subiu 997% em 2008
Deu em o Estado de S.Paulo
Bastos, o ”ministro”dos bastidores
Dois anos e um mês se passaram desde sua saída da Esplanada, mas até hoje ele bate ponto em Brasília quase toda semana. Ministro da Justiça de janeiro de 2003 a março de 2007, o advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos não abandonou a rotina na capital da República: foi e ainda é o homem que ajuda a livrar o governo das piores enrascadas.
Discreto, ele também atua nos bastidores da cena política, auxilia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas articulações com o PSDB e o DEM, conversa com ministros, juízes e presidentes de tribunais e joga água na fervura das crises que atormentam o Palácio do Planalto.
Há oito dias, Thomaz Bastos acompanhou a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à entrevista no Hospital Sírio-Libanês, quando ela anunciou que estava em tratamento para combater um câncer no sistema linfático. Saiu de lá e foi almoçar com a amiga e o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, no restaurante italiano Magari, da rua Amauri, no Itaim Bibi. No cardápio, os planos do governo para Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, em 2010.
Quarenta e oito horas depois, Thomaz Bastos já estava de volta a Brasília, onde participou, à noite, do fórum nacional dos juízes federais criminais. Saudado pelos colegas, sentou-se à mesa de autoridades junto com seu sucessor, Tarso Genro.
Terminado o encontro, foi jantar no Piantella, conhecido restaurante frequentado por políticos, com o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli. Detalhe: Toffoli é hoje o nome mais cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda este ano, mas enfrenta resistências. Leia mais em: Bastos, o ”ministro”dos bastidores
Deu na Folha de S.Paulo
8 Assembleias gastam R$ 124,5 mi em obras
Problemas com infraestrutura foram a principal justificativa das Casas para mudanças, que incluem reformas e até novos prédios
Valor representa um terço do orçamento da Assembleia do Rio; em diversos Estados, os governos contribuíram com dinheiro para as obras
Oito Assembleias Legislativas gastaram recentemente ao menos R$ 124,5 milhões em reformas ou construções. As obras incluem anexos, plenários e até novas sedes, como em Maranhão e Roraima.
Na Assembleia maranhense, a obra se arrastou por cinco anos até ser concluída, no ano passado, ao custo de R$ 70 milhões. Situação parecida ocorre com o novo anexo da Assembleia de São Paulo, que começou em 2006 e ficou vários meses com obras paradas em 2008. A previsão limite de gastos é de R$ 26 milhões.
Os recursos saíram prioritariamente do orçamento dos Legislativos -que são alimentados pelos Executivos-, mas em diversos Estados os governos deram dinheiro para as reformas. O valor de R$ 124,5 milhões representa um terço do orçamento anual da Assembleia do Rio, a segunda maior.
As Assembleias de AL, CE, PA, SC e PI fizeram obras de reforma e ampliação. Todas as obras estão em andamento ou foram encerradas em 2008.
No Pará, além da reforma já feita, entregue em 2008, há um projeto de R$ 40 milhões para a construção de uma nova sede. Em Pernambuco, está em fase de licitação a construção de um prédio de R$ 18 milhões.Na de Mato Grosso do Sul, a obra de um novo anexo está paralisada desde 2006. A Casa diz que precisa de mais R$ 2 milhões para a conclusão.
Parque gráfico e teatro foram algumas das novidades da Assembleia do Maranhão na inauguração da sede, em novembro. Assinante do jornal leia mais em: 8 Assembleias gastam R$ 124,5 mi em obras
Presidente Lula bate recorde de viagens
Do Globo Online:
De janeiro a abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou 48 dias viajando, três a mais do que no mesmo período de 2008, e foi a nove países. É o que mostra reportagem de Chico de Gois, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO.
Até o fim de junho, transcorridos 122 dias úteis de trabalho, a previsão é a de que o presidente terá passado 73 desses dias em viagem – quase 60% do tempo serão dedicados a percorrer outros países e estados brasileiros, levando a tiracolo, na maioria das vezes, a chefe da Casa Civil e sua pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff.
Assessores que viajam frequentemente com o presidente afirmam que, mesmo voando, Lula não para de trabalhar. É comum, dizem esses auxiliares, ministros levarem pastas para despachar com Lula. Da cabine presidencial, ele os chama e fica questionando, cobrando ações ou falando de política, contam os assessores.
Bolsa Família atingirá 1 em cada 3 brasileiros em 2010
O Bolsa Família, maior programa social do governo Lula, atingirá em 2010, ano eleitoral, um em cada três brasileiros. Hoje o benefício já chega, direta ou indiretamente, a 29% da população – sendo que, em seis estados do Nordeste, mais da metade dos moradores vive do programa, segundo levantamento do GLOBO com base em dados oficiais. É o que mostra reportagem de Leila Suwwan, publicada na edição deste domingo de O GLOBO.No Maranhão, no Piauí e em Alagoas, de 58% a 59% da população dependem do Bolsa Família. Na cidade de Junco do Maranhão, 95,7% das famílias vivem do programa. De acordo com o governador do Piauí, Wellington Dias, o alto número de beneficiários no estado reflete uma “situação dramática”. Leia mais em: Bolsa Família atingirá 1 em cada 3 brasileiros em 2010