Brasil é o quarto país que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2019
Entre os países do G-20, o grupo das maiores economias do planeta, informa OCDE
A economia brasileira recebeu um total de US$ 28 bilhões em investimentos estrangeiros nos primeiros seis meses de 2019 e passou a ser o quarto principal destino do fluxo de capital entre os países do G-20, o grupo das maiores economias do planeta.
Os dados foram publicados nesta segunda-feira pela OCDE, com sede em Paris, e indicam um aumento do fluxo para o Brasil. No segundo semestre de 2018, o volume havia sido de US$ 27 bilhões.
A alta no caso brasileiro vai no sentido contrário à tendência registrada em algumas das principais economias do mundo. De acordo com o levantamento, o principal destino de investimentos foi a economia americana, que recebeu US$ 151 bilhões nos seis primeiros meses do ano. Mas o valor é mais de US$ 50 bilhões abaixo do volume que havia entrado nos EUA no segundo semestre de 2018.
A China vem em segundo lugar, com US$ 82 bilhões, seguida pela França, com US$ 33 bilhões. Em 2018, a quarta posição era do Reino Unido, com US$ 44 bilhões. Mas os investimentos no país sofreram uma forte contração em 2019, com as incertezas sobre o Brexit.
O Brasil, na quarta colocação, é seguido pela Índia, Canadá, Austrália e Alemanha. Em todo o ano de 2018, a economia brasileira havia somado US$ 58,4 bilhões em investimentos diretos. No ano passado, o volume colocou o país na sexta posição como principal destino no mundo.
Entre as maiores economias do mundo, a OCDE estima que os investimentos diretos sofreram uma queda de 20% nos primeiros seis meses do ano, com um total de US$ 572 bilhões. Na UE, a queda foi de 61% e, entre as economias do G-20, a queda foi de 8%.
A guerra comercial, Brexit e incertezas sobre a economia internacional teriam contribuído para o freio. Além disso, os incentivos fiscais dados por Donald Trump, em 2017, parecem estar perdendo força.
Um dos aspectos identificados pela OCDE foi a queda profunda dos investimentos chineses nos EUA. No segundo semestre de 2016, o volume havia atingido um pico de US$ 16 bilhões. Em 2019, esse fluxo foi de apenas US$ 1,2 bilhão. De acordo com o levantamento, muitas empresas chinesas estão vendendo seus ativos no mercado americano.
UOL