Só 13 partidos cumprem cláusula de desempenho em 2022

Conta considera federações, que são obrigadas a atuar como um partido único. Outras 15 siglas ficarão sem Fundo Partidário, tempo de TV e Liderança na Câmara

Logos de diversos partidos políticos em um fundo branco

TIAGO MALI e MATEUS MAIA – Poder360

Das 23 siglas que conseguiram assentos na Câmara, 13 cumprem os requisitos mínimos para receber Fundo Partidário, tempo de TV e estrutura de Liderança na Câmara.

A conta considera que as legendas unidas em federação (PT/PV/PC do B, PSDB/Cidadania e Psol/Rede) são obrigadas a atuar no Legislativo como se fossem um partido único.

Seis partidos que elegeram deputados saem enfraquecidos: PSC, Solidariedade, Patriota, Pros, Novo e PTB. Eles ficarão sem dinheiro e sem estrutura de Liderança. Seus 21 deputados têm direito de mudar para outra sigla sem perder o mandato. Ou os partidos podem se juntar.

A divisão dos 32 partidos brasileiros ficou assim: cumprem a cláusula de desempenho – 13 siglas; cumprem, mas só porque estão federados – 4; não cumprem, mas elegeram deputados – 6; não cumprem e não elegeram deputados – 9.

Ou seja, dos 32 partidos brasileiros, 15 ficaram sem acesso aos recursos públicos. A tendência é que essas agremiações menores procurem se fundir ou acabem desaparecendo da Câmara.

São 21 deputados em 6 partidos que não cumpriram a cláusula. Eles já começaram a ser assediados para mudar de legenda por líderes de outras siglas.

“Ninguém quer ficar num partido com poucos recursos e pelo qual não tenha possibilidade de participar de uma comissão relevante”, diz Arthur Fisch, cientista político da FGV.

Se permanecem em seus partidos, esses congressistas terão vida difícil, tendo de atuar de maneira avulsa porque seus partidos não cumpriram a cláusula.

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