Nova Cruz/RN -

Para sua escolha (A VEJA que começou a circular)

 Fonte:Blog Ricardo Noblat

Aborto ilegal mata uma mulher a cada dois dias

Rosa Maria chora ao lembrar da filha morta por complicações de um aborto
Foto: / Efrém Ribeiro
O Globo
Enquanto religião e política se misturam na campanha presidencial, reportagem de O GLOBO deste domingo revela que uma mulher aborta a cada 33 segundos e a prática insegura mata uma brasileira a cada dois dias, sendo que um abortamento é feito para cada 3,5 nascidos vivos.
Tema polêmico, desde que o aborto passou a ser assunto central da campanha, sendo responsável, segundo pesquisas, por ajudar a levar a eleição para o segundo turno, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) têm se esforçado para manter a discussão vinculada ao viés moral e religioso.
– O debate não devia tratar de quem é contra e quem é a favor, mas de como é possível resolver um problema de saúde pública. Mulheres de todas as classes sociais, idades, escolaridades e religiões abortam. Muitas acabam no serviço público de saúde, onde são negligenciadas, julgadas e condenadas, o que contribui para que o número de mortes seja alto – diz Paula Viana, do grupo Curumim, que pesquisou a questão em cinco estados: Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pernambuco.
De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 183,6 mil atendimentos de mulheres que abortaram, sofreram complicações e precisaram passar por uma curetagem foram feitos em 2009.
Segundo as estimativas dos médicos, para cada caso que acaba no hospital, outros quatro abortos foram feitos no mais absoluto silêncio.
Só em 2009, 942.713 abortamentos induzidos foram realizados no país. A conta, feita pelo pesquisador Mario Monteiro, da Uerj, a partir de dados do SUS, não leva em conta os abortos espontâneos e as mulheres que abortaram em clínicas particulares ou em casa e não precisaram recorrer ao sistema público.
Feito às escuras e das mais variadas formas – desde o uso de medicamentos, chás e até com objetos perfurantes -, o aborto é, de acordo com o Ministério da Saúde, responsável por 15% das mortes maternas, sendo a quarta causa de mortalidade de mães no Brasil.
Em média, 200 brasileiras morrem por ano. Os únicos tipos permitidos são o “humanitário” (quando a mulher sofre violência sexual) e o “terapêutico” (para mulheres em risco de vida).
O aborto em caso de anencefalia (o bebê, se nascer, não terá cérebro) ainda é polêmico no Supremo Tribunal Federal (STF). Para os outros casos, a mulher que abortar pode ser condenada a até três anos de prisão.
– A criminalização faz com que seja difícil termos informações sobre abortos, mas não impede que as mulheres interrompam a gravidez. Em Salvador, no começo e no final dos anos 90, o aborto era a primeira causa de morte materna. O mesmo aconteceu em Recife, no começo da década de 90, e em Porto Alegre no ano 2000. A partir dos dados disponíveis, não é exagero reiterar que temos um problema de saúde pública – diz a médica Greice Menezes, do Instituto de Saúde Coletiva da UFRJ.
Fonte:Blog Ricardo Noblat

Vantagem de Dilma sobre Serra é de 8 pontos

De O Globo
Se o segundo turno fosse realizado hoje, a ex-ministra Dilma Rousseff, do PT, venceria com 48% dos votos totais, contra 41% de José Serra, do PSDB. Considerando os votos válidos (sem brancos e nulos), o resultado seria 54% a 46%.
É o que indica nova pesquisa do Datafolha, encomendada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e pela Rede Globo, feita na última sexta-feira com 3.265 eleitores em 201 cidades do país, e publicada neste domingo. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados da pesquisa foram antecipados pelo Blog do Noblat .
O próprio instituto ressalta que a sondagem não mede ainda o impacto completo da reestreia dos programas eleitorais dos dois candidatos, que voltaram a ser exibidos na tarde da sexta-feira. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 35114/2010. 
O Datafolha comparou esses novos resultados com o cenário que antecedeu o primeiro turno das eleições. Numa simulação de segundo turno feita nos dias 1º e 2 de outubro, Dilma aparecia com 52% das intenções de voto, 12 pontos percentuais à frente do tucano.
Existiam ainda 5% de eleitores votando em branco, nulo ou nenhum e outros 3% de indecisos. Nessa comparação, a candidata do PT perdeu quatro pontos, enquanto Serra avançou um ponto. Diz o Datafolha que os pontos perdidos por Dilma foram incorporados ao contingente de votos em branco ou nulo e de indecisos, que chega agora a 11%.
Em 2002 e 2006, o percentual de brancos e nulos foi de 6% e 5,5%, respectivamente. Em avaliação publicada pela “Folha”, o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que se esse mesmo nível de brancos e nulos se repetir nestas eleições, haveria 5% de eleitores que seriam alvos de Dilma e Serra. Nesse cenário, mesmo que todos votassem no tucano, ele ainda ficaria numericamente atrás da petista (46% a 48%).
Serra herdou a maioria dos votos declarados no primeiro turno para a candidata do PV, Marina Silva. Pela nova pesquisa do Datafolha, ele ficou com 51% dos quase 20 milhões de votos dados a Marina, enquanto Dilma teve 22%.
A intenção de voto na candidata do PT apresenta tendência de queda. Em levantamento feito nos dias 28 e 29 de setembro passado, a petista tinha 31% dos votos de eleitores da candidata verde. Já na véspera do primeiro turno, esse percentual caiu para 29%. No caso de Serra, o Datafolha aponta para uma estabilidade. Ele tinha 51% da preferência nos dias 28 e 29 de setembro, oscilou para 50% próximo do primeiro turno e agora voltou aos 51%.
Pelo Datafolha, o que aumentou entre os eleitores do PV foi o percentual de indecisos. Eram 4% antes do primeiro turno e agora chegam a 18%. Outros 9% disseram que pretendem anular o voto ou votar em branco.
A vitória de Dilma apontada pela pesquisa é explicada pela larga margem de votos da petista no Nordeste, que concentra o maior número de beneficiários do Bolsa Família. Dilma aparece com 62% das intenções de voto na região, o dobro dos 31% dados a Serra. Em outras regiões, o tucano está à frente ou empatado com a ex-ministra na margem de erro (de dois pontos para mais ou para menos).
No Sudeste, por exemplo, há empate técnico: Serra tem 44% das intenções de voto, contra 41% de Dilma. Essa situação se repete na combinação das regiões Norte e Centro-Oeste, com Serra registrando 46% e Dilma, 44%.
A vantagem do candidato do PSDB é maior no Sul do país, onde 48% dos entrevistados disseram que vão votar no tucano, enquanto Dilma tem 43%.

Rogério reúne militância para campanha 2º turno


O deputado federal Rogério Marinho, presidente Estadual do PSDB e que vai coordenar a campanha de José Serra no Nordeste, reuniu na tarde de ontem  (08) sua militância em Natal para dar início às atividades do 2º turno da campanha presidencial. O tucano pediu empenho de todos para multiplicar os votos conquistados no primeiro turno e consolidar a virada de Serra nessa segunda fase da eleição.
Rogério também destacou a atuação do Senador José Agripino e da Governadora eleita Rosalba Ciarlini na campanha presidencial no RN e pediu à militância que mostrem aos eleitores as diferenças entre Serra e Dilma, pois “comparando o eleitor saberá que Serra é o melhor.”
O discruso de Rogério Marinho diante de centenas de apoiadores revelou o tom deste segundo turno da campanha no ninho tucano. “José Serra é um homem que tem história política, vida limpa e grandes realizações. Já a nossa adversária é uma incógnita que vive à sobmbra do atual presidente e que mente de acordo com a conveniência. O governo dela e do PT se associa a projetos de ditadores que apedrejam mulheres, prendem homens com opiniões políticas diferentes, ameaça destruir a oposição, acabar com a liberdade religiosa e instaurar a censura nos meios de comunicação. Não está em jogo a opinião de Dilma sobre o aborto,  apesar de ela ser a favor e nós sermos contra por defendermos a vida, mas o fato dela dizer uma coisa ontem e agora mentir afirmando que nunca disse que defendia a descriminalização do aborto. Como ela pode negar isso se está gravado?”.

Rogério também fez uma avaliação da situação atual do Brasil. “Eu pergunto a vocês se a saúde pública está boa? A segurança? A educação pública? Os jovens estão conseguindo boas oportunidades de emprego? Esse governo engana o povo com falsas propagandas e ainda se apropria dos atuais avanços do país como se o Brasil tivesse começado a existir em 2003. Vamos lembrar que o Real , nossa moeda forte, e a estabilidade econômica são resultado do Governo de FHC e que o PT votou contra. Vamos lembrar tambémque a Democracia e a liberdade foi reconquistada depois de muita luta e nas Diretas Já o PT votou contra Tancredo Neves para apoiar Maluf. Além disso os programas sociais que hoje mudaram de nome pra Bolsa Família também foram criados no Governo do PSDB. Já eles são campeões em escândalos de corrupção que bateram recordes nesse governo. Nunca antes na história desse país se viu tanta corrupção, mensalão, quebra de sigilo, produção de dossiês. E eles fazem a linha de que não sabem nada e não viram nada”, criticou o deputado tucano.
A militância saiu animada e o material de campanha de Serra já está ganhando as ruas. Quem precisar pegar adesivos, cartões e demais peças pode procurar o comitê de Serra em Natal, localizado na Av. Alexandrino de Alencar.

RAIMUNDO FERNANDES

Quem estará hoje no Programa Nação Nova Cruz, será o deputado reeleito Raimundo Fernandes. O encontro será na FM Agreste e contará com a presença de Cid Arruda, Germano Targino e o vereador Manga Rosa. O deputado vai agradecer aos seus eleitores novacruzenses e da região Agreste. Já que o mesmo foi votado em vários municípios.
NOVOS DEPUTADOS
Dos sete novos deputados eleitos no ultimo pleito para Assembléia Legislativa, três são filhos de ex- deputados. São eles Gustavo Fernandes (Filho do ex-deputado Elias Fernandes), George Soares (filho do ex-deputado Ronaldo Soares e Fábio Dantas que é filho do deputado Arlindo Dantas ainda em exercício. Os outros também já são militante há anos na política.
NOVA CRUZ
Na cidade de Nova Cruz três grupos se saíram bem nesta eleição, com os votos que deram aos seus candidatos. Foram eles: o ex-prefeito Cid Arruda, que apoiava o deputado Raimundo Fernandes, acima dos (3.000 votos) Manoelzinho Catolé, (acima dos 800 votos) que ficou com a candidatura do deputado José Dias e o vereador Dinho de Primeira Lagoa, que emplacou (1700 votos).
DEPUTADOS VOTADOS
Mais de quinze deputados estaduais foram votados no município de Nova Cruz. Apenas os nomes de Ezequiel Ferreira, Raimundo Fernandes, Fabio Dantas, Gesane Marinho, Ricardo Mota, José Dias e Claudio Porpino foram os mais que se destacaram por contar com apoios de lideranças políticas.
VOTAÇÃO
Com a votação dada ao deputado Raimundo Fernandes, o ex-prefeito Cid Arruda, já esta credenciado para ser um forte candidato a prefeito da cidade de Nova Cruz.
UNIÃO
Já se articula na cidade de Nova Cruz, uma mensagem de varias pessoas pregando por uma união rumo 2012, para tirar de vez o prefeito da cidade de Nova Cruz e colocar Cid de volta a administrar a cidade de Nova Cruz.
OS ANDRADES
A família Andrade liderada pelo seu líder Max Andrade também foi outro grupo que saiu bem avaliado desta eleição. Se colocar a votação dos deputados Fabio Dantas e Claudio Porpino juntos vai da um resultado que se aproxima dos 3000 votos. Sem falar na votação do grupo que deu ao deputado federal, João Maia, em torno de 2.958 votos.
PRESIDENTE


O pleito para presidente na cidade de Nova Cruz, não teve muito peso a orientação das principais lideranças políticas do município. Ficou com Dilma o prefeito, Flávio Azevedo, o ex-prefeito Cid Arruda e o grupo da família Andrade. E a votação não superou o da candidata do DEM, Rosalba Ciarline que obteve 9.832 em quanto isso Dilma obteve apenas 9.019 votos. Serra ficou com uma votação sem nenhum apoio de lideranças com 6.205 votos. 

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Marina entre Alfredo Sirkis e José Luiz Penna durante a coletiva

A senadora e candidata derrotada do PV à Presidência da República, Marina Silva, apresentou nesta sexta-feira, 8, as propostas do PV para negociar apoio aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no segundo turno. O documento (leia na íntegra), que ainda poderá ser modificado pela convenção partidária que acontece no próximo dia 17, contém dez pontos que o partido e a senadora consideram prioritários para o País.
Em coletiva de imprensa concedida em São Paulo, Marina explicou que as propostas serão a base para debater o possível apoio aos dois candidatos. De acordo com a senadora, a adesão ao documento por Dilma e Serra será um dos elemento do processo decisório, mas não o único. Além da convenção do PV, o grupo de Marina pretende ainda ouvir o Movimento Marina Silva e setores da sociedade civil. Uma reunião da direção nacional do partido no próximo dia 13 deverá encaminhar o encontro do dia 17, quando será tomada uma decisão à favor de um dos candidatos ou de neutralidade na disputa.
Divergências. Marina voltou a admitir que pode eventualmente ter uma posição divergente do partido. “O que está previsto é que todos têm o direito de manifestar sua opinião”, afirmou Marina. Também participaram da coletiva o vereador carioca Alfredo Sirkis, que coordenou a campanha de Marina, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, e o candidato derrotado ao governo de São Paulo do partido, Fábio Feldmann.
Como havia feito durante a campanha, a senadora voltou a discutir a ascensão de figuras femininas na política. “O Brasil está preparado a ter uma mulher na presidência. Cabe a quem está na disputa como mulher conquistar o eleitor”, disse Marina.
Tanto a senadora quanto os membros da direção nacional do partido negaram que haja qualquer negociação sobre cargos e mostraram irritação com a insistência dos repórteres sobre o assunto. “Quando a gente coloca a discussão programática à frente, a gente faz algo diferente do que tradicionalmente se faz na política brasileira”, disse Sirkis. Ele afirmou ainda que a imprensa vive criticando as práticas de fisiologismo, mas não consegue conceber alguém que faça algo diferente.
Veja resumo dos dez temas prioritários para Marina e o PV, segundo o documento “Agenda por um Brasil Justo e Sustentável”:
1. Transparência e ética – o documento defende a não instituição de tutela ou controle sobre a liberdade de imprensa e a transparência das informações sobre execução orçamentária do governo federal
2. Reforma eleitoral – adoção do voto distrital misto; lista cívica e financiamento público de campanhas
3. Educação para a sociedade do conhecimento – elevação do investimento para 7% do PIB, buscando universalizar o acesso à pré-escola e à creche; eliminação do analfabetismo; valorização dos professores; e criação do Sistema Nacional de Educação
4. Segurança pública – subsídio à educação de jovens em situação de risco; valorização salarial de policiais;  reforma do modelo policial
5. Mucanças climáticas, energia e infraestrutura – agência reguladora para a Política Nacional de Mudanças Climáticas; publicação de estimativas de gases estufas; tornar lei metas de redução de gases estufas; aumento da participação das energias renováveis na matriz energéticas; fim de leilões para termoelétricas movidas a diesel ou carvão mineral; supressão do IPI sobre veículos elétricos e híbridos; moratória de novas usinas nucleares; criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta sobre Desastres Naturais; universalização da banda larga
6. Seguridade social: saúde, assistência social e previdência – 10% do orçamento federal par a a saúde; Programa Saúde da Família (PSF) para 80% da população; carreira para os integrantes do PSF; aumento para 75% dos domicílios  com acesso à rede esgoto e pelo menos 50% com tratamento do esgoto coletado; rastreamento de transgênciso; programas sociais de terceira geração
7. Proteção dos biomas brasileiros – desmatamento zero de vegetação nativa primária e secundária; veto a alterção do Código Florestal que reduza áreas de reserva legal; incluir 10% dos biomas em unidades de conservação; Plano Nacional para Agricultura Sustentável
8. Gasto público de custeio e Reforma Tributária – limitação da expansão dos gastos de custeio à metade do crescimento do PIB; proposta de reforma tributária em seis meses de governo; revisão da tributação de acordo com impacto sobre o meio ambiente; reducação dos cargos comissionados
9. Política externa – política externa orientada pela promoção da paz, liberdade, democracia e respeito aos direitos humanos
10. Fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural – conclusão da demarcação e homologação das terras indígenas e criação de fundo para apoiar indígenas; implementação do Sistema Nacional de Cultura; combate a discriminação racial, sexual e religiosa

Gabeira: ‘O mais provável é que Marina fique neutra’

  Fábio Pozzebom/ABrO PV marcou para o dia 17 convenção para deliberar sobre o rumo ser adotado no segundo turno da eleição presidencial. Em entrevista ao blog, Fernando Gabeira disse: “O mais provável é que Marina Silva fique neutra”.
Quanto ao partido, Gabeira diz que há uma divisão. A ala que defende o apoio a José Serra, segundo ele, prevalece sobre o grupo que prefere Dilma Rousseff. Diante desse quadro, Gabeira defende:
“Se a Marina tende à neutralidade, o partido deveria seguir esse caminho, liberando os seus militantes para apoiar quem quiser”. Apoiado pelo PSDB na derrotada campanha ao governo do Rio, o deputado diz que vai de Serra.
Abaixo, a entrevista:
– O que o PV deve fazer para extrair dividendos do capital eleitoral amealhado por Marina Silva? Primeiro, não pode haver divergência entre os caminhos do partido e da Marina. Se a Marina tende à neutralidade, o partido deveria seguir esse caminho, liberando os seus militantes para apoiar quem quiser.
– Como isso seria feito na prática? Já tivemos inúmeras situações de segundo turno. Construímos um código. Fica proibido usar os símbolos do partido. Em conversa com a Marina, eu acrescentei outro quesito: para manter coerência com a campanha dela, seria interessante que os que forem para o lado do Serra e da Dilma não demonizem o adversário.
– Crê, então, que Marina tende à neutralidade? Creio que sim, até em respeito às circunstâncias. Uma pessoa que teve 20 milhões de votos, olha em torno de si e vê o partido dividido, pensa: se aqui há divergência, imagine entre os eleitores.
– Acha que, optando por um dos candidatos, Marina se indisporia com um pedaço do eleitorado dela? Exatamente. Corre-se o risco de perder um espaço que ela já conquistou e que é diferente do espaço do Serra e da Dilma.
– Então, seria aconselhável a neutralidade? Não diria aconselhável. Diria que o mais provável é que a Marina fique neutra. Evito a expressão aconselhável porque, na conversa que tive com ela, disse que não utilizaria nenhum argumento pró ou contra qualquer posição. Creio que a própria Marina fez uma declaração definitiva: ninguém comanda ninguém. Marina disse: os votos não são meus, são dos eleitores.  
– E quanto à sua posição pessoal? Falei para a Marina o que tenho falado em público. O PSDB me apoiou no Rio. Minha decisão era de apoiá-los caso a Marina não fosse ao segundo turno. Eu quero honrar a palavra empenhada.
– Como fará caso o PV opte pelo apoio a Dilma? Essa hipótese é muito improvável. A hipótese de apoio ao Serra é mais provável.
– Em que se baseia sua conclusão? Eu me baseio no conhecimento das posições da maioria da própria Executiva do partido.
– A despeito disso, aposta na neutralidade. Por quê? Se o partido for sábio, vai tomar uma decisão em conjunto com a Marina. É preciso que o partido dê o máximo de conforto para ela e para as pessos que tem posições divergentes.
– Acha que o partido deve ter a mesma posição de Marina? Não quero dizer que deva ter necessariamente a mesma posição. Eu, por exemplo, não iria com ela se ela apoiasse a Dilma. Mas acho possível buscar uma convergência e sair dessa situação preservando o capital político obtido na eleição.
– Uma parte da legenda parece interessada em cargos, não? A preocupação com cargos jamais vai se expressar de forma politicamente articulada. Um ou outro indivíduo poderá fazer um jogo particular de buscar cargo. Mas tenho a impressão de que o partido vai seguir na trilha de se fortalecer pelo debate programático.
– A que se deve o ruído que opõe cargos e programa? Noticiou-se que o Serra teria oferecido quatro ministérios ao PV. O Serra já negou isso. Na verdade, houve um conflito em torno de uma falsa notícia.
– Acredita que Marina vai disputar a Presidência em 2014? Não tenho dúvida disso. Ela abriu uma perspectiva e vai explorá-la no futuro. Estará mais experiente e mais conhecida.
– Numa nova disputa, o PV fará alianças com outros partidos? O PT já passou por esse dilema: faz ou não faz coligação? Somos ou não somos puros?
– O PV já ultrapassou essa fase, não? É aliado do PSDB em Minas e São Paulo. É verdade. Mas, do ponto de vista nacional, para manter a pespectiva de terceira via representada pela Marina, pode emegir a pergunta: Coligar-se ou não?
– Não seria essa a única maneira de obter mais tempo de TV?Sim, mas é preciso considerar que os espaços já estão definidos. Tem, de um lado o PT e seus aliados. Do outro, o PSDB. A Marina vai ter que ver como essa correlação de forças vai se apresentar no futuro. Há o problema do espaço na TV. Mas a equidistância em relação às forças já existentes abriu caminhos numa ala do eleitorado.
– De onde acha que vieram os 20 milhões de votos de Marina?Primeiro, vieram de pessoas preocupadas com a questão ambiental. Essa preocupação cresceu muito nos últimos anos. Outra parte veio de pessoas que tem um distanciamento ético da política tradicional feita por PSDB e PT. São eleitores que procuram a renovação. Houve também o componente evangélico. As mulheres evangélicas, sobretudo, se identificaram muito com a Marina.
– Acha que pesou o debate que vincula Dilma à defesa do aborto? Não tenho elementos para dizer. Nessa matéria, creio que está todo mundo chutando. Deve-se levar em conta que a Marina defendeu o plebiscito. Não é uma tese que agrade esse eleitorado. Ao contrário. No entanto, isso não indispôs esse eleitor com a Marina. Essa questão é tão desimportante entre nós que eu tenho uma posição e ela tem outra. A despeito disso, ela é minha candidata à Presidência. Não senti essa questão da maneira que as pessoas estão apresentando.
– Os casos da Receita e da Casa Civil adensaram a votação da Marina? Em todas as situações clássicas da política, quando há um confronto ético muito grande entre dois candidatos, um candidato acusando o outro, um tercius sempre leva vantagem.
– Esse voto não pode ser momentâneo? Creio que o PV deve aproveitar esse momento. Convém evitar a euforia e reconhecer as limitações.
– Como assim? É preciso ter humildade para reconhecer que a candidatura da Marina foi impulsionada por um conjunto de fatores. O mais importante é a capacidade, a figura dela. Devemos reconhecer, humildemente, que nem todos os que votaram nela vão seguir a orientação do PV no segundo turno.
– Como fazer para que o PV dê um salto? O partido pode dar esse salto se souber reconhecer suas limitações e se seguir a linha que a Marina está propondo, de privilegiar o programa em detrimento dos cargos.

Fonte:Blog do Josias

Certidões de nascimento emitidas em maternidades serão eletrônicas

Bruna Markes

A partir de agora, as certidões de nascimento emitidas nas maternidades brasileiras serão feitas por meio de um sistema eletrônico elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O serviço será gratuito e serve para dar maior segurança aos documentos.
De acordo com o CNJ, a maternidade que desejar oferecer o serviço deve procurar um cartório de registro civil para estabelecer a parceria e fazer a inclusão do nome no sistema. Dessa forma, serão montadas unidades em cada um dos locais que ficarão em comunicação via internet. Após o parto, os funcionários cadastrados passarão as informações imediatamente aos cartórios e, em seguida, estes encaminharão ao hospital a certidão com certificação digital.
O sistema interligado permite que a maternidade solicite a emissão da certidão em qualquer região do país, desde que o município do cartório seja o domicílio dos pais da criança. Dessa forma, mesmo se a mãe tiver o filho em uma maternidade distante do local onde mora, poderá registrar o filho no cartório de sua cidade antes mesmo de sair do hospital. Nas regiões onde não há maternidades, os funcionários cadastrados também poderão solicitar o documento para o cartório mais próximo.
Segundo o conselho, a emissão da certidão nas maternidades é facultativa, mas para quem adotar o novo procedimento o prazo para adaptação é de um ano. As unidades em que o serviço já estava sendo oferecido não precisarão interromper as emissões, mas terão que se adaptar também no prazo estipulado pelo órgão.
Até o momento, 50 unidades já se cadastraram no sistema para prestar o serviço em 12 estados brasileiros.

Robson Carvalho

O psicólogo Rui Veiga, especialista no tratamento de dependentes químicos, dá dicas de como os pais podem identificar se o filho é usuário de crack. Segundo o psicólogo, mesmo com todo o cuidado é praticamente impossível um usuário esconder os vestígios da droga.
O primeiro e mais importante conselho de Rui Veiga para os pais é que prestem bastante atenção na vida dos seus filhos. “Como o crack tem um potencial altamente devastador no organismo suas consequências podem ser observadas logo nas primeiras horas após o consumo. O prazer intenso causado pela droga dura quinze minutos no máximo. Passado o êxtase do efeito do crack no organismo, o usuário começa a sofrer com o inicio da dependência”, explica o especialista.
Segundo o psicólogo, o individuo fica com insônia, perde o apetite e entra na fase mais delicada, a de sentir ou não vontade de consumir a droga novamente. “Após fumar uma pedra de crack ele vai ficar na fissura para fumar mais outra. Essa é uma fase crucial, pois pode culminar com o inicio da dependência. Uma pessoa pode ficar viciada em crack em apenas uma noite, depende do seu organismo e estado psicológico”, alerta.
Rui destaca que é necessário observar as mudanças drásticas de estilo de vida e nas amizades. “Uma das primeiras mudanças em um dependente químico diz respeito a sua privacidade. O jovem tende a ficar mais reservado, agir com mais sigilo. Começa a ter novas amizades e gradativamente vai perdendo o contato com os familiares. O rendimento escolar também cai, pois o dependente perde o controle de suas ações, consequentemente, não consegue se concentrar, muito menos estudar”, destaca.
Além de características comportamentais existem provas materiais que pode caracterizar um usuário de crack. “Ao utilizar o cachimbo para fumar o crack muitas vezes queima-se os dedos. Se os pais acharem cachimbo artesanal ou até mesmo uma latinha de refrigerante furada entre os objetos pessoais do seu filho é bem provável que esteja consumindo a droga”, explica Rui Veiga.
“Quando fica evidente a dependência química é que ela está muito alta. Pelo tempo em que se droga ou pela quantidade de consumo. Os pais são sempre os últimos a quererem assumir a dependência de um filho. Infelizmente escondem, mascaram até não poderem mais”, lamenta o psicólogo.

Perícia vai dizer se DVDs piratas contêm íntegra de ‘Tropa de elite 2’

Delegado confirma que há imagens de trailer e making of.
Cinco homens foram presos e mais de cem DVDs foram apreendidos.

Bernardo TabakDo G1 RJ
DVDs piratas Tropa de ElitePolícia apresentou os DVDs piratas de “Tropa de
elite 2″ (Foto: Alexandre Durão/Agência O Globo)
O delegado Tullio Pelosi, titular da Divisão de Capturas da Polinter do Andaraí, na Zona Norte do Rio, informou que ainda não está confirmado se os DVDs piratas apreendidos com o making of e o trailer do filme “Tropa de elite 2” também contêm a íntegra do filme. Ao todo, cinco pessoas foram presas por agentes da Polinter nesta sexta-feira (8) com grande quantidade de DVDs piratas.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, os presos levavam os DVDs da Baixada Fluminense para o Camelódromo da Uruguaiana, no Centro, onde seriam vendidos.
“Os presos disseram em depoimento que haviam copiado o ‘Tropa de elite 2’ inteiro nos DVDs. Já mandamos os DVDs para a perícia a fim de ter certeza do conteúdo das mídias”, explicou Pelosi. De acordo com o delegado-substituto da Polinter, Felipe Curi, mais de cem DVDs foram apreendidos, e vão passar por perícia na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
Fonte:G1

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Já o presidente do Fórum Político Evangélico do Espírito Santo, Lauro Cruz, afirmou que a postura tucana preocupa menos. “O posicionamento histórico de Dilma gera apreensão. Ela é a favor do aborto, embora tenha negado isso. A postura de Serra preocupa menos do que a de Dilma e dos males vamos escolher o menor”, frisou.
Outro ponto apontado pelas lideranças evangélicas capixabas contra a petista foram as alianças políticas firmadas pelo PT para viabilizar a candidatura da ex-ministra. “Ao lado dela estão José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros e José Dirceu. Não são políticos confiáveis”, comentou Cruz.
No primeiro turno as duas entidades evangélicas apoiaram a candidata do PV, Marina da Silva, e chegaram mesmo a subir no palanque dela quando esteve em Vitória, no final de setembro. “Esperamos um posição neutra da Marina”, afirmou Castro.
Outra entidade evangélica capixaba, a Convenção das Assembleias de Deus, foi ainda mais longe e assegurou apoio ao tucano. “Quando aceitamos um membro avaliamos sua conduta. Alguém para presidir uma família tão grande como a brasileira tem que ter uma raiz, que é a família. Na campanha, José Serra se apresentou junto com a família. É assim que tem que ser e vamos orientar os fiéis nesse sentido”, disse Osmar de Moura, presidente da Convenção.
Católicos. Já a Igreja Católica, por meio da Arquidiocese de Vitória, lançou um documento oficial assinado pelo Arcebispo Luiz Mancilla Vilela, condenando quem apoia questões como o aborto, a violação à liberdade de expressão e religiosa.
“Não vote naqueles que defendem um falso conceito de direitos humanos, por exemplo, colocando como se fosse direito: a violação da liberdade de expressão, o direito de matar o ser humano no seio materno, o direito de adoção de crianças quando faltam as qualidades de mãe ou de pai, o direito de violar a liberdade religiosa impedindo que cada religião use os seus símbolos sagrados. Estes não merecem o seu voto de católico.”, escreveu o Arcebispo.
No domingo da eleição, alguns padres católicos chegaram mesmo a pregar contra o voto em Dilma Roussef durante a homilia das missas matinais. Um dos exemplos foi a Igreja de Santa Rita, localizado na Praia do Canto, um bairro nobre da capital capixaba.
No Espírito Santo, houve uma vitória apertada da candidata petista: Dilma conquistou 37,25% dos votos válidos, o que corresponde a 717.417 votos; Serra obteve 35,44%, o que equivale a 685.590 votos, e Marina Silva (PV), recebeu 26,26% dos votos capixabas, ou seja, 505.734 votos.

Evangélicos fazem campanha contra Dilma no Espírito Santo

Posição sobre o aborto motiva protesto de grupos religiosos capixabas

Ernesto Batista, da Agência Estado
VITÓRIA – O Fórum Político Evangélico do Espírito Santo e a Associação dos Pastores Evangélicos da Grande Vitória (APEGV), anunciaram que vão fazer campanha contra a candidata petista, Dilma Roussef, no Espírito Santo. Hoje, estima-se que um terço da população capixaba seja evangélica, o que significa cerca de 1,2 milhão de pessoas.
Segundo o pastor Enock de Castro, presidente da APEGV, a posição foi tomada depois de uma consulta às diversas igrejas associadas às duas entidades. “Entre 80% e 90% dos evangélicos tendem a votar em José Serra. O risco é grande de vermos alguns princípios religiosos serem afetados. Há uma posição da Dilma em defesa do aborto, da união civil entre pessoas do mesmo sexo e proibição de proferir religião em órgãos públicos, que são coisas que não podemos aceitar”, disse ao justificar a posição.

PMDB reivindica mais espaço na campanha de Dilma

José Cruz/ABr
Num encontro do seu Conselho Político, o PMDB juntou em Brasília os vencedores e os derrotados das urnas de domingo passado. A reunião se converteu num misto de lamúria e reivindicação.
Em tom exaltado, a caciquia do partido queixou-se do quase “anonimato” a que foi relegado na campanha de Dilma Rousseff ao longo do primeiro turno. Cobrou mais “espaço” no comitê eleitoral da pupila de Lula.
Os morubixabas do partido revezaram-se no microfone. Reeleito senador por Alagoas, Renan Calheiros arriscou uma explicação para a submissão do PMDB ao segundo plano que lhe foi reservado na campanha nacional:
“Dilma cresceu antes do tempo e a campanha entrou no piloto automático. Por isso o PMDB se submeteu”, disse Renan. Insinuou que, no segundo turno, os ventos mudarão de direção:
“O PMDB quer compartilhar esse projeto de poder, quer ocupar esse espaço que lhe cabe”. Ao esmiuçar o raciocínio, Renan deixou antever que, num eventual governo Dilma, o apetite do partido será, por assim dizer, tonificado:
“Hoje nós não temos uma aliança. Não temos mais uma mera coalizão de governo. Hoje, nós estamos compartilhando um projeto de poder”.
Líder do PMDB na Câmara e candidato à presidência da Casa, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), também reeleito, soou ainda mais incisivo, tanto na queixa quanto na reivindicação:   
“Tivemos a não-presença do PMDB [na campanha] no primeiro turno. Talvez você [Temer] não fosse o vice preferido [do PT]”, declarou Henrique, voltando-se para o amigo Michel Temer, candidato a vice-presidente na chapa de Dilma.
Henrique mirou no petismo: “Não aceitamos essa história de eleição para um só partido. Ou ganhamos juntos ou não ganha ninguém. O PT merece respeito, é um grande partido, mas também temos o nosso espaço”.
Na véspera, em conversa com Dilma, Temer levara à candidata as inquietudes de sua tribo. Foi ao encontro desta quarta munido de panos quentes.
Como que decidido a acalmar as almas inquietas, Temer disse que a participação do PMDB no comitê de Dilma passará a ser efetiva. Instou os presentes a interpretar o recado das urnas.
Acha que os eleitores provocaram o segundo turno porque “querem mais debate”. Lembrou que, como vice, representa o PMDB na chapa oficial. E, para mobilizar a audiência, borrifou na atmosfera a perspectiva de vitória:
“O PMDB não pode perder a eleição, me levem à vice-presidência ao lado da grande parceira Dilma. Eu preciso chegar à vice para representar com mais força o maior partido do país”.
É esse cheiro de poder que faz com que o PMDB mantenha atravessada na traquéia, sem regurgitar, o bololô de mágoas que envenena suas relações com o PT.
Por trás do súbito interesse em aumentar a influência no comitê de campanha esconde-se uma insatisfação ruminada em segredo.
A cúpula do PMDB não digeriu a ascenção de Ciro Gomes (PSB) à coordenação da campanha de Dilma.
Ciro é velho desafeto do PMDB. Dia sim outro também, aponta a “frouxidão moral” que enxerga na junção do partido de Temer com a legenda de Dilma.
No final do ano passado, Ciro dissera que, sob Lula, a aliança PMDB-PT plantou na Esplanada dos Ministério “um roçado de escândalos”.
Noutra declaração acerba, Ciro referiu-se a Temer como “chefe de um ajuntamento de assaltantes”. 
Noves fora o “efeito Ciro”, o PMDB acumula mágoas da primeira fase da campanha. Em vários Estados, seus filiados disputaram cadeiras no Legislativo com rivais do PT.
Na Câmara, a propósito, o PMDB, agora com 79 deputados federais, perdeu a condição de maior bancada para o PT, que conquistou 88 poltronas.
Há, de resto, diferenças colecionadas na disputa por governos estaduais. O caso mais agudo é o de Geddel Vieira Lima.
Concorreu ao governo da Bahia. E se queixa de ter recebido tratamento de inimigo por parte de Lula e Dilma, que privilegiaram a vitoriosa campanha do petista Jaques Wagner, reeleito em primeiro turno.
O curativo de Geddel exigiu cuidados especiais de Temer. Pela manhã, antes da reunião das lamúrias e reivindicações, o vice levou Geddel à presença de Dilma. A candidata tratou as feridas à base de afagos.
Depois de receber acenos de prestígio num eventual futuro governo, Geddel, já de volta à Bahia, fez uma declaração que vinha adiando. Anunciou o engajamento na campanha de segundo turno.

Com aliados, Serra cita FHC e soa mais oposicionista

Fábio Pozzebom/ABr
José Serra reuniu a tropa em Brasília. Em discurso, exibiu o timbre que planeja adotar nas próximas semanas.
Inaugura o segundo turno longe do Serra dos primeiros dias da campanha. Antes, dizia o que queria:
“Continuar” e “aprofundar” o que funciona sob Lula, “corrigir” o que não reclamasse aperfeiçoamento. Agora, diz o que não quer: “Não queremos um Brasil parecido com a casa da mãe Joana”.
O primeiro Serra, aquele do alvorecer da campanha, parecia saído de um encontro com um gênio de conto de fadas. Era como se, numa caminhada pela Avenida Paulista, houvesse tropeçado numa lâmpada mágica.
De dentro da lâmpada, saiu um gênio, que afirmou: Seu desejo será satisfeito, vou lhe dar a Presidência da República.
Para poder organizar a execução do milagre, o gênio disse a Serra que precisava conhecer os planos da campanha. Como pretende conduzir a propaganda? E Serra: Vou esconder o FHC, prometer a continuidade e associar minha imagem à do Lula.
O gênio fez uma careta e, desanimado, bateu em retirada. Antes de se enfiar de volta na lâmpada, disse que Serra não precisava dele: “Tente um marqueteiro e o DEM! Vou me entender com a Marina Silva.”
Pois bem. Empurrado para o segundo turno pela votação exuberante de Marina, Serra discursou aos aliados noutro tom.
Acha que o embate direto facilitará a comparação de biografias. Quer realçar as diferenças que o separam de Dilma. Endureceu as críticas. Realçou os valores morais. Esclareceu o que entende por Brasil da mãe Joana:
Um país “onde os governos fazem o que querem, como querem e na hora que querem. Queremos um governo que respeite as instituições”.
Falava para uma platéia cujo otimismo contrastava com os cenhos preocupados que se acercaram de Dilma três dias antes.
Sem mencionar os escândalos que empinou na fase final do primeiro turno –‘Fiscogate’ e Erenicegate’—, Serra disse que sua biografia é “limpa”: “Ocupo cargos há 27 anos, vocês nunca ouviram falar de alguma sujeirinha de minha vida”.
Súbito, no afã de abordar um tema que desconserta Dilma, Serra tropeçou nas palavras: “Eu nunca disse que sou contra o aborto, porque sou a favor”. Cirrigiu-se: “Ou melhor, nunca disse que era a favor do aborto, porque sou contra o aborto”.
Dedicou um pedaço do discurso à economia, seara de sua predileção. Insinuou que, eleito, será portador de novidades: “Agora nos chamam de conservadores. Em matéria de economia, não conheço nada mais conservador e mais neoliberal que a atual política econômica”.
Embora convidado, FHC não deu as caras na pajelança desta quarta (6). Serra cuidou de injetá-lo em sua fala: “O Plano Real é do Itamar e do Fernando Henrique, que eliminou uma nuvem quente que sufocava a gente, principalmente os mais pobres”.
Acrescentou: “Vamos fazer da economia brasileira uma economia forte, para que o atual crescimento não se transforme em um voo de galinha”.
Antecipando-se ao discurso de Dilma, que decidiu reintroduzir na cena eleitoral as privatizações da era tucana, Serra declarou:
“Agora vão voltar com a história de privatizações, etc… O governo Lula continuou privatizando dois bancos [não mencionou as logomarcas]. Aí, não é um problema de número, é um problema de ideologia. Se privatizou, não era tão contra”.
De resto, disse que não terá dificuldades para obter apoio congressual caso o eleitor o converta em presidente: “Tenho certeza que vamos ter maioria política e parlamentar para governar o Brasil. Não há a menor possibilidade que isso não aconteça. Teremos um governo forte, não autoritário”.
Animados com o novo timbre de Serra, aliados que escondiam o candidato em suas campanhas regionais agora se dispõem a suar a camisa por ele. Estrela do evento, Aécio Neves, grão-duque do tucanato mineiro, disse coisas assim:
“Os que querem condenar as privatizações estão, de alguma forma, dizendo a cada cidadão brasileiro que pegue o celular que está em seu bolso ou na sua bolsa e o jogue na lata de lixo mais próxima”.
Geraldo Alckmin, devolvido pelo eleitor paulista ao Palácio dos Bandeirantes, realçou o contraste entre a animação do grupo de Serra e o abatimento dos arredores de Dilma. Disse que, no segundo turno, o jogo ganha outro contorno:
“Você terá uma comparação maior dos dois candidatos”, disse Alckmin. De fato, a comparação agorea é direta e incontornável. Porém, isso não quer dizer muita coisa.
Alckmin não disse, mas, na sucessão de 2006, ele próprio foi ao segundo turno contra Lula. Contabilizadas as urnas, somou menos votos do que amealhara no primeiro round.
Fonte: Blog do Josias

Rio Grande do Norte    
Rosalba e José Agripino assumem coordenação da campanha de Serra no Estado e terão primeiro desafio após as urnas
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que ficou na primeira suplência da coligação “A Força da União”, não responde mais pela coordenação da campanha do presidenciável José Serra no Rio Grande do Norte. A função agora será exercida pela governadora eleita Rosalba Ciarlini e pelo senador reeleito José Agripino Maia, ambos do DEM.
No 1° turno, Serra conseguiu nos 167 municípios do Estado 28,1% dos votos válidos contra 51,7% da petista Dilma Rousseff. Em Natal, Dilma e Serra praticamente empataram seus votos. A petista teve 35,60% dos votos contra 33,47% do tucano. Em Mossoró, principal reduto de Rosalba, o percentual de Serra atingiu 27,75%, enquanto Dilma somou na capital do Oeste 46,50%. Já em Parnamirim, Serra venceu Dilma com 35,52% contra 34,29%. O PT venceu também em colégios eleitorais importantes como: São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba, Caicó, Assú, Nova Cruz, Currais Novos, Apodi, Pau dos Ferros…

Rogério vai coordenar campanha de Serra no Nordeste
Deputado Rogério ao lado de Serra

O deputado federal Rogério Marinho, presidente estadual do PSDB RN, chega hoje a Natal depois de ter sido convocado por José Serra para participar em São Paulo e Brasília das reuniões que definiram as estratégias da campanha tucana neste 2º turno.
 
Atendendo ao convite pessoal de Serra, Rogério vai coordenar a campanha em toda Região Nordeste, ao lado do senador Cícero Lucena (PSDB PB).
 
Nesta sexta-feira, 08, Rogério Marinho fará uma reunião com apoiadores de campanha e militância Serra 45 para dar início aos trabalhos deste segundo turno. A reunião será na sede do partido, na Rua Cícero Azevedo, Lagoa Seca – Natal, a partir das 16 horas.
 
Além do trabalho de Rogério Marinho, a campanha de Serra no RN segue agora ainda mais fortalecida neste segundo turno com o senador José Agripino e a governadora eleita Rosalba Ciarlini centrando todas as energias para eleger o presidente José Serra. Eles vão convocar todos os prefeitos, vereadores, deputados e demais políticos, apoiadores e eleitores para juntos garantirem a vitória de Serra no Estado.

Deputada propõe criação de semana de combate à pedofilia no RN
Foto: Moraes Neto

Às vésperas do Dia das Crianças, Gesane defende que a comemoração da data seja acompanhada por uma orientação aos pais sobre os perigos da Internet

     Na condição de presidente da comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Estado, a deputada estadual Gesane Marinho (PMN) apresentou, na sessão ordinária de ontem (6), um projeto de lei que institui a Semana de Combate à Pedofilia no Rio Grande do Norte. De acordo com a proposta, anualmente, no mês de outubro, os órgãos competentes da admnistração estadual vão se mobilizar em torno da conscientização dos pais sobre a importância de alertar seus filhos diante do potencial de informação imprópria existente na Internet.
     Gesane explica que um dos motivadores do projeto foi um dos indicadores da Polícia Federal, segundo o qual o Brasil está em quarto lugar no ranking mundial da Interpol de países que divulgam a pedofilia. Outra informação relevante é da ONG Safernet, referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na rede mundial de computadores. Das vítimas de pornografia infantil na rede, 75% foram feitas no Orkut. Para a deputada, uma prova do quanto as crianças estão expostas no mundo virtual e como necessitam de educação para o uso das tecnologias.
     “Da mesma forma que os pais precisam orientar os filhos quando estes saem à rua, precisam orientá-los quando eles se conectam à rede. Porém, para que os pais se armem na guerra contra a pedofilia, o Estado tem que muní-los com o que mais precisam: informação”, explica Gesane. O trabalho de conscientização, realizado por secretarias como a de Educação e a de Comunicação, por exemplo, contempla informações como a instalação do computador em uma área da casa que a família circule, a limitação de horários para o uso e a opção por programas que filtram ou bloqueiam sites.
     A escolha pelo mês de outubro está relacionada à comemoração do Dia das Crianças (12). Na visão de Gesane, é um momento oportuno para tratar do tema importante justamente quando a sociedade se une em torno das celebrações da data. O projeto vai tramitar pelas comissões da Casa, como a presidida pela parlamentar, antes de chegar ao plenário, onde vai ser submetida à votação.

Propaganda eleitoral de presidenciáveis volta nesta sexta-feira
Robson Carvalho
A propaganda eleitoral gratuita dos dois candidatos à Presidência –José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)– que disputam o segundo turno começa nesta sexta-feira (8).
Cada coligação terá 10 minutos para a veiculação na TV do programa eleitoral em bloco no período da tarde (13h) e outros 10 minutos à noite (20h30). Já no rádio, os programas em bloco serão transmitidos pela manhã (7h) e ao meio-dia.
Há duas diferenças entre o horário eleitoral do primeiro e do segundo turnos. A primeira é que o tempo é dividido igualmente entre os candidatos e a segunda é que o programa vai ao ar também aos domingos.
O programa em bloco vai começar, tanto no rádio quanto na TV, com a propaganda eleitoral de Dilma, que obteve a maior votação no primeiro turno.
Também para o segundo turno cada candidato terá direito a 7 minutos e 30 segundos de inserções de no máximo 30 segundos a serem distribuídas pelas emissoras ao longo da programação diária. Entre os dias 8 e 29 de outubro, quando termina a veiculação da propaganda eleitoral, cada candidato terá alcançado 165 minutos de propaganda eleitoral gratuita, divididos em 330 inserções.

Deputado Robinson Faria é um dos grandes vitoriosos do pleito de três de outubro no RN

Foto: Divulgação
Robinson Faria comemora a reeleição do deputado federal
Fábio Faria e dos quatro deputados estaduais do PMN
O deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Robinson Faria(PMN), vice-governador eleito na chapa encabeçada pela governadora eleita Rosalba Ciarlini(DEM), foi um dos grandes vitoriosos da eleição de três de outubro.

Além de ter sido eleito vice-governador e ter tido uma participação fundamental na eleição de Rosalba, Robinson reelegeu o filho, deputado federal Fábio Faria, e foi decisivo para a reeleição de três deputados: José Dias(PMDB), Raimundo Fernandes(PMN) e Gesane Marinho(PMN).

Robinson também contabiliza a reeleição dos quatro deputados do PMN: Ricardo Motta, Antônio Jácome, Gesane Marinho e Raimundo Fernandes.


É bom também ressaltar que é dos quadros do PMN o deputado estadual mais votado do Rio Grande do Norte: Antônio Jácome.

Sem dúvidas, foi uma vitória de cabo a rabo obtida pelo presidente da Assembléia Legislativa no pleito de três de outubro.

Nas pegadas de Dilma, Serra realiza ato com ‘aliados’

Lula Marques/Folha
A exemplo do que fez Dilma Rousseff, o rival José Serra reunirá seus aliados num ato de campanha programado para esta quarta-feira (6).
Será em Brasília, no mesmo auditório em que Serra se lançou como candidato, em abril. A lista de convidados inclui FHC e Aécio Neves.
Convocaram-se também os oposicionistas que foram às urnas no domingo passado –os eleitos e também os derrotados.
Vão aos holofotes, por exemplo, Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Beto Richa, tucanos que prevaleceram em São Paulo, Minas e Paraná.
Além deles, Raimundo Colombo e Rosalba Ciarlini, senadores do DEM que conquistaram os governos de Santa Catarina e Rio Grande do Norte.
À margem da pajelança, produzida para gerar fotos e vender a ideia de unidade, ocorrerão reuniões paralelas.
Nesses encontros, os aliados de Serra vão instá-lo a abrir o comando da campanha para as forças aliadas.
Até aqui, o tucano realizou uma campanha, por assim dizer, solteira. O isolamento teve duas motivações básicas.
Deveu-se, em parte, ao estilo centralizador de Serra. E também à evidência de que os aliados estavam mais preocupados consigo mesmos.
Noves fora Geraldo Alckmin, que exibiu Serra à farta em sua propaganda, os outros candidatos cuidaram de esconder o presidenciável tucano.