Nova Cruz/RN -

Taxa de mortalidade de doenças negligenciadas aumenta durante pandemia

malária, mosquito, Anopheles

© Prefeitura de Caraguatatuba/Direitos reservados

Internações diminuíram no mesmo período

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

A pandemia de covid-19 trouxe impactos para o atendimento em relação às doenças tropicais negligenciadas que passaram a registrar aumento da mortalidade, apesar da queda de internações.

Em 2020, a taxa de mortalidade para malária subiu 82,55%, apesar da queda de 29,3% nas internações. Doenças como a leishmaniose visceral e a leptospirose também registraram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98%, respectivamente. O número de internações por essas doenças diminuiu no período, com quedas de 32,87% e 43,59%.

Já a dengue registrou aumento de 29,51% nas internações e de 14,26% na taxa de mortalidade. Os dados fazem parte de um estudo dos pesquisadores Nikolas Lisboa Coda Dias e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia; e Álvaro A. Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba.

Eles compararam os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) durante os primeiros oito meses de 2020 com os valores médios do mesmo período dos anos de 2017 a 2019. Segundo os pesquisadores, a queda nas internações é consequência da pandemia e do medo das pessoas de procurarem assistência à saúde nesse período.

Na avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve aumento do número de casos dessas enfermidades durante a pandemia. “Houve redução dos casos notificados e aumento da letalidade”, disse à Agência Brasil o presidente da entidade, Júlio Croda.

 “Houve uma desassistência às pessoas que são acometidas por essas doenças e que, geralmente, são populações mais vulneráveis”, destacou.

Retrocesso

Na avaliação de Júlio Croda, o Brasil retrocedeu de dez a 20 anos no combate a essas doenças. Segundo ele, será necessário reconstruir os serviços de saúde já que todos os programas nacionais de controle para essas doenças sofreram algum impacto. Ele acredita ainda que a curva de redução de incidência que o país mantinha e de mortalidade associada a essas doenças tende a entrar em estabilidade até 2030.

“A gente perdeu uma década de combate a essas doenças, principalmente por conta da pandemia, da desassistência, da falta de diagnóstico e de um tratamento precoce”, avaliou o especialista.

Procurado pela Agência Brasil para comentar a afirmação de Croda, o Ministério da Saúde não respondeu até o fechamento da matéria.

Tuberculose

O presidente da SBMT afirmou que, depois de 15 anos, houve registro de redução das notificações de tuberculose em todo o mundo e crescimento do número de óbitos. “No Brasil, não foi diferente”. A tuberculose é a doença negligenciada responsável pelo maior número de mortes entre as populações mais vulneráveis, segundo Croda.

Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em outubro de 2021, relatou que os serviços de tuberculose estão entre os interrompidos pela pandemia de covid-19 em 2020. O impacto sobre essa doença foi particularmente grave e, em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose no mundo.

A OMS estima que 4,1 milhões de pessoas sofrem atualmente de tuberculose, mas não foram diagnosticadas com a doença ou não notificaram oficialmente às autoridades nacionais. Em 2019, o número de pessoas afetadas por tuberculose chegava a 2,9 milhões.

Doenças Negligenciadas

Mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum tipo de doença tropical negligenciada.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas somam um grupo diversificado de doenças transmissíveis que prevalecem em condições tropicais e subtropicais em 149 países, matam milhões de seres humanos e custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento a cada ano.

O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, lembrado hoje (30), foi criado em 2019, por uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde. Este é o terceiro ano de celebração da data, em meio à pandemia da covid-19.

Em nota divulgada hoje, o coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, afirma que que a pasta vêm investindo na vigilância dessas doenças e implementando ações para que se alcance a eliminação ou controle desse grupo.

“Existem muitos desafios para a eliminação das DTNs, incluindo mudanças climáticas, ameaças zoonóticas e ambientais, emergentes em saúde pública. Vamos avançar nas estratégias para controlar essas doenças”, afirmou.

Doenças esquecidas

As chamadas doenças negligenciadas, ou esquecidas, são enfermidades infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres e com acesso limitado aos serviços de saúde, em especial pessoas que vivem em áreas rurais remotas e favelas.

Segundo a OMS, elas integram um grupo diversificado de 20 enfermidades prioritárias de origem parasitária, bacteriana, viral e fúngica. Causam dor e incapacidade, criando consequências sociais, econômicas e para a saúde duradouras para indivíduos e sociedades. Impedem as crianças de ir à escola e os adultos de ir  ao trabalho, prendendo as comunidades em ciclos de pobreza e desigualdade. As pessoas afetadas por deficiências causadas por essas doenças, muitas vezes sofrem estigma em suas comunidades, dificultando acesso aos cuidados necessários e levando ao isolamento social.

No Brasil, leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase estão entre as principais doenças negligenciadas. Elas ocorrem em quase todo o território. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na Região Norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões Norte e Nordeste apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e concentram o maior número das DTNs.

Equidade

A comemoração deste ano do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) foi iniciada pela OMS no último dia 26, sob o tema “Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza”. A instituição fez um apelo a seus membros para que se concentrem no fortalecimento das intervenções, visando promover serviços de saúde equitativos para todos.

Ítalo Ferreira conquista vitória na bateria da 1ª rodada de Pipeline, no Havaí

O surfista potiguar Ítalo Ferreira venceu a bateria da primeira rodada da etapa de Pipeline, no Havaí, neste sábado (29) e avançou direto para a terceira rodada. O atual campeão olímpico somou 7,06 pontos para superar o australiano Callum Robson (6,17) e o peruano Miguel Tudela (4,03). Outros quatro brasileiros conquistaram o avanço, são eles o Filipe Toledo, Caio Ibelli, Samuel Pupo e Miguel
Pupo.

O mar cresceu no momento da bateria de Italo, a quinta do dia. Os surfistas estavam sendo engolidos pelas ondas na parte final do tubo. Por duas vezes o potiguar tentou, mas ficou no tubo. Até que na terceira onda o surfista saiu do tubo e ainda fez uma manobra para conseguir 5,83 pontos. Logo na sequência, trocou de prancha, mas não conseguiu uma segunda onda boa. Mesmo assim se manteve na liderança, somando 7,06 pontos, contra 6,17 de Robson e 4,03 de Tudela.

Caio Ibelli,  substituto do atual campeão mundial Gabriel Medina, foi o primeiro brasileiro a ir ao mar. O surfista não ameaçou o australiano Connor O’Leary (7,83 + 7,67), mas somou 10,07 pontos para superar o australiano Morgan Cilic, quinto colocado do ano passado, para avançar direto à terceira rodada.

Ainda na disputa, mais dois brasileiros também avançaram na sexta bateria do dia. Filipe Toledo, atual vice-campeão mundial, arrancou uma boa onda com um aéreo no fim para vencer, somando 7,00 pontos. Em um mar difícil, o estreante Samuel Pupo somou 4,57 pontos e também avançou na segunda posição, superando o havaiano Ivan Florence.

Ezequiel costura entendimento para candidatura ao Governo

O presidente de Assembleia, Ezequiel Ferreira, começou uma costura para um entendimento entre os ministros Fábio Faria e Rogério Marinho.

Ezequiel colocou o entendimento de Fábio é Rogério, e conversas com Álvaro Dias, Allyson Bezerra e o Solidariedade de Kelps e Fábio Dantas como condição para aceitar colocar seu nome à disposição para uma candidatura ao Governo do Estado. O presidente da AL, também vai conversar com o Deputado Walter Alves e o ex-senador Garibaldi Filho.

Ezequiel teria apoio de quase totalidade dos Deputados Federais, Estaduais e Prefeitos das grande cidades para esse projeto ao governo.

Vingando esse projeto, a governadora Fátima passaria realmente a ter oposição e uma chapa dura para enfrentá-la no pleito de outubro.

Fonte: Blog do BG

Sem coligação, partidos buscam fortalecer chapas proporcionais

A construção de chapas proporcionais (deputados federal e estadual) não está sendo tarefa fácil para nenhum dos partidos políticos no Rio Grande do Norte, que terão de encaminhar candidaturas em faixas próprias nas eleições de 2022, depois da proibição da formação de coligações partidárias, para a eleição proporcional, como já ocorreu no pleito de vereador nas eleições municipais de 2020. Inicialmente, a dificuldade de cada partido é formatar “nominata” — lista dos candidatos que vão disputar as vagas na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa — capaz de reunir pré-candidatos com potencial de votos suficientes para alcance do quociente eleitoral – número mínimo de votos válidos (nominais e de legenda) exigido para a eleição de pelo menos um deputado federal e um estadual.

Para a Câmara, cada partido pode escolher nove candidatos

Para a Câmara, cada partido pode escolher nove candidatos

Alguns dirigentes partidários preferem nem expor, por enquanto, uma eventual composição das nominatas as eleições em 02 de outubro, receosos de que outros partidos possam cooptar pré-candidatos com potencial agregação de votos.

Mas o presidente  estadual do Solidariedade, o deputado estadual Kelps Lima, que é pré-candidato à Câmara dos Deputados, não esconde que as chapas do partido já estão montadas: “Nosso partido foi o terceiro mais votado do RN em 2018, tanto para estadual como para federal e a nova regra ajudou muito nosso grupo político”.

Kelps Lima avisa que a direção nacional do SD decidiu não fazer federação, aliando-se a outros partidos, e sim agregou novos nomes a futura chapa proporcional, com o intuito de eleger pelo menos um federal. “Hoje elegemos três estaduais com facilidade. Mas estamos convidando outros pré-candidatos, com conversas avançadas, o que garantiria a quarta vaga”, completou.

Para o presidente estadual do PSB, deputado federal Rafael Motta, a nova regra das eleições proporcionais sem ajuntamento de partidos numa única coligação, “exige dos partidos protagonismo.  É um resgate ao que acontecia antes, quando as siglas eram mais fortes que os líderes”.

Rafael Motta exemplificou que o PSB “é um partido grande, com história, com bandeiras muito bem definidas, e isso vai fazer diferença na hora de reunir nomes de peso para integrar as nominatas”.

O presidente estadual do Avante, o vereador natalense Raniere Barbosa, avisou que o partido está trabalhando para eleger um deputado federal e dois estaduais, desempenho parecido com a eleição  de 2018, quando sua mulher Veruska Barbosa ficou na primeira suplência para a Câmara dos Deputados e elegeu dois deputados estaduais. “As articulações estão avançadas, estamos montando um grupo muito bom, até de ex-aliados de deputados federais e deputados estaduais, ex-prefeitos, ex-vereadores, suplentes de vereadores e lideranças de segmentos”, diz.

Aliado da governadora Fátima Bezerra, de quem é secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado preside o PROS no Estado. É outro dirigente partidário que só vai anunciar a relação de candidatos depois de 02 de abril, quando se encerra o prazo para filiações partidárias para concorrentes a cargos eletivos: “Segredo de estado, porque se a gente divulga, sabe o que acontece? Os que têm mais condições e oferecem os céus e as estrelas”. Ele garantiu que o PROS não integrará federação, mas tem nominata “para eleger um deputado federal, há dois anos anos que a gente costura essa chapa”.

Já o presidente estadual do DEM, que está em processo de fusão com o PSL, ex-senador José Agripino, avaliou que o fim das coligações partidárias está “levando os partidos políticos a identificarem lideranças regionais” para lançamentos de candidaturas proporcionais. Ou seja, um partido escolhe candidatos “fortes” em diversas regiões, “fazendo com que no somatório de votos faça o quociente eleitoral”.

Na opinião de José Agripino, o modelo de candidaturas próprias – sem o ajuntamento com candidatos de outros partidos como era até as eleições de 2018, fortalece os partidos, remetendo à identificação desses líderes políticos e com potencial de votos no Oeste, Seridó, Mato Grande, Vale do Açu, Agreste e Grande Natal.

Porém, analisa Agripino, “a ideia de um partido ter vários detentores de mandatos é uma estratégia perigosa, porque um deputado pode entrar em conflito com deputados de outras regiões”.

Por fim, Agripino disse que os partidos estão identificando lideranças regionais, que “tenham alcance estadual e, pelo próprio peso e esforço dele, ter o máximo de votos em sua região e completar em outras regiões subsidiariamente”.

Filho do deputado estadual Getúlio Rego ex-prefeito de Pau dos Ferros por três mandados, Leonardo Rego, cotado para ser candidato a deputado federal pelo partido Democratas, disse que “esse formato fortalece os partidos e, naturalmente, valoriza o voto do eleitor que se identificar melhor com as propostas destes e dos seus respectivos candidatos representados na legenda”.

O deputado federal General Girão (PSL) aguarda a chegada do período permitido por lei para a troca de partidos, para ingressar no PL, mas entende que as modificações feitas nas regras eleitorais e partidárias, “não tornaram o sistema político brasileiro mais justo para a democracia”.

Girão afirma que deixaram muitas brechas para partidos “nanicos”, fazendo com que os eleitores “infelizmente, não possam escolher melhor, quem são realmente as pessoas que merecem ser eleitas”.

Dois eleitos em 2018 podem estar na majoritária

Com uma bancada na Câmara Federal diluída entre oito partidos políticos, pelo menos dois eleitos em 2018 desistiram de disputar a reeleição: o deputado federal licenciado e ministro das Comunicações, Fábio Faria, que aguarda a “janela partidária” (03 de março a 1º de abril) para migrar do PSD para o PP e almeja tentar a vaga de senador, disputando a indicação do Bolsonarismo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, enquanto o deputado Walter Alves (MDB) abriu mão de uma candidatura natural para o pai, o ex-senador Garibaldi Filho, que tentará pela primeira vez um mandado de deputado federal. Walter Alves pode sair candidato a deputado estadual, mas é cotado para ser vice na chapa da governadora Fátima Bezerra (PT), caso o ex-presidente Lula viabilize um acordo nacional com o MDB.

Caso viabilize uma candidatura a governador do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro, o presidente estadual dos Republicanos, Benes Leocádio, é outro deputado que pode não concorrer à reeleição.

Assim, apenas seis deputados no exercício do mandato concorreriam à reeleição, – a deputada Natália Bonavides (PT), e os deputados General Girão (PSL), Rafael Motta (PSB), João Maia (PL), Beto Rosado (PP) e Carla Dickson (PROS), que ocupa cadeira decorrente da licença do ministro Fábio Faria, mas deve se filiar ao PL ou outra legenda de linha bolsonarista, vez que o seu partido é alinhado politicamente ao governo do Estado, a quem faz oposição.

Outros partidos sem assento na Câmara dos Deputados entram na disputa por cadeiras do Rio Grande do Norte. O ex-senador e ex-governador Garibaldi Filho (MDB) já anunciou que será candidato a deputado federal.

O ex-deputado Henrique Eduardo Alves (MDB), que foi presidente da Câmara dos Deputados, tem declarado que vai decidir e anunciar sobre candidatura “no tempo certo”.

O ex-governador Robinson Faria deve deixar o PSD e a opção tende a ser o PP. Fábio Faria  confirmou que não será candidato à Câmara e o pai deve concorrer. Recentemente, Fábio disse acreditar que Robinson deve reverter a pendência jurídica no TRE com uma decisão em instância superior. O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, já admitiu sair candidato pelo partido do qual é presidente, o PROS.

O presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, já tido como possível candidato a deputado federal, mas garantiu que uma candidatura certa é a da vereadora mossoroense Larissa Rosada e do vereador natalense Kleber Fernandes, enquanto os Democratas apostariam em na candidatura do ex-prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego. Com a formação do União Brasil, poderia  estar na chapa com o presidente da Câmara, Paulinho Freire, que iria para o partido.

O Solidariedade já está com a nominata praticamente pronta para deputado federal, começando pelo presidente do diretório regional, o deputado estadual Kelps Lima, e a vereadora natalense Ana Paula Protásio e o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim, o vereador macaibense Igor Targino e o presidente da Câmara Municipal do Assu, Francisco de

Assis Souto, o “Tê” e ainda a professora Nilda, que ficou em segundo lugar para prefeita de Parnamirim, nas eleições de 2020.

O Partido dos Trabalhadores teria chapa de deputado federal praticamente pronta, pois além da deputada Natália Bonavides, incluiria o secretário de Gestão de Projetos e Metas do Governo, Fernando Mineiro, e ainda Samanda Alves e o secretário estadual da Tributação, Carlos Eduardo Xavier, o “Cadu”.

Fonte: Tribuna do Norte

Fazenda Nacional arrecadou R$ 31,7 bi em dívidas com a União em 2021

Economia, Moeda, Real,Dinheiro, Calculadora

© Marcello Casal JrAgência Brasil

Valor é 29% maior do que o recuperado no ano anterior

Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), do Ministério da Economia, arrecadou R$ 31,7 bilhões inscritos em dívida ativa ao longo de 2021. Segundo a instituição, o montante representa um recorde neste tipo de recuperação. 

“Esse valor é o que de fato entrou no caixa do Tesouro Nacional, com efeito direto sobre o resultado primário”, informou a pasta.

O resultado de recuperação da dívida ativa em 2021 foi R$ 7,2 bilhões maior do que o de 2020, o que representa um crescimento de 29%, destacou a PGFN. O gráfico a seguir mostra o crescimento da arrecadação nos últimos cinco anos:

Gráfico recuperação dívida ativa 2021.

O valor acumulado nominal nesse período foi de R$ 131,9 bilhões.

Do valor total inscrito em dívida arrecadado em 2021, R$ 6,4 bilhões são resultado dos acordos de transação tributária. Essa estratégia de cobrança representou 20% do total arrecadado pela PGFN e explica o crescimento expressivo da arrecadação no ano passado.

“A transação na dívida ativa se consolidou, ao longo dos dois últimos anos, como importante política pública voltada à superação da crise econômico-financeira intensificada pela pandemia. Prevista há anos no Código Tributário, a transação tributária foi autorizada pela Lei nº. 13.988 de 2020”, informou a PGFN.

Os dados da PGFN mostram que desde o início do programa de transação, em 2019, já foram negociados mais de R$ 200 bilhões em dívidas.

Atualmente, a Fazenda Nacional oferece seis modalidades diferentes de acordos de transação. Para conhecê-las e fazer simulações, basta acessar o portal Regularize.

Pela primeira vez, Brasil tem semana com mais de 1 milhão de casos de Covid

O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 179.816 casos de Covid-19 e 640 óbitos decorrentes da doença. Os números são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Com isso, o país, pela primeira vez, teve uma semana com mais de 1 milhão de casos. De acordo com o Conass, a quarta semana epidemiológica do ano (entre 23 e 29 de janeiro), teve 1.305.447 casos de Covid-19 registrados.

A semana anterior (entre 16 e 22 de janeiro) teve 933.452 casos registrados. Com isso, houve um crescimento de 39,8% entre a semana anterior e a atual.

Veja no gráfico abaixo o crescimento de casos de Covid-19 semana a semana desde o início da pandemia:

O número de óbitos decorrentes da doença também saltou de 1.830 para 3.723 entre a semana anterior e atual — crescimento de 103%.

A média móvel de casos, que considera os últimos sete dias, segue em alta e atingiu novo recorde: 186.492 infecções.

A média móvel de óbitos também segue em alta e chegou a 532 mortes.

CNN Brasil

RN registra 07 óbitos por covid nas últimas 24 horas; Novos casos são 2.261

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus neste sábado (29). São 423.505 casos totalizados. Na sexta-feira (28) eram contabilizados 419.885, ou seja, 3.620 novos casos em comparação com o dia anterior, destes, 2.261 confirmados nas últimas 24 horas.

Com relação aos óbitos no Rio Grande do Norte, são 7.696 no total. Sete (07) óbitos foram registrados nas últimas 24 horas no RN (Macaíba (2), Currais Novos, Jundiá, Santo Antônio, Brejinho e Natal). Na sexta-feira (28), eram 7.686 mortes. A Sesap registrou outros 03 óbitos após resultados de exames laboratoriais de dias ou semanas anteriores. Óbitos em investigação são 1.510.

Recuperados são 385.311. Casos suspeitos somam 8.085 e descartados são 860.960. Estimativa de casos em acompanhamento: 29.540.

Militares querem explicações do TSE sobre sobre procedimentos técnicos, transparência e segurança das urnas eletrônicas

Foto: Divulgação/TSE

Militares da área cibernética das Forças Armadas pediram explicações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o funcionamento das urnas eletrônicas. Querem detalhes sobre os procedimentos técnicos, a transparência e a segurança das urnas eletrônicas. O objetivo é evitar o que identificam como risco de fraude.

O pedido de informações foi feito no começo de dezembro de 2021. Não houve resposta. O Poder360 apurou que foi reiterado oficialmente na 6ª feira (28.jan.2022), portanto quase 2 meses depois do 1º pedido de informações.

O TSE implantou em setembro a CTE (Comissão de Transparência Eleitoral), que inclui representantes do Exército, Polícia Federal, Ministério Público, Congresso, TCU (Tribunal de Contas da União), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Faz parte de uma série de medidas anunciadas pelo tribunal para o acompanhamento do processo eleitoral.

Questionado sobre o caso, o TSE diz que o assunto tramita sob sigilo e que o caso será levado à presidência do tribunal quando terminar o recesso.

Reforçamos que as Forças Armadas, assim as demais entidades que participam da Comissão, têm prerrogativa para solicitar ao TSE mais esclarecimentos sobre o processo eleitoral e agendar reuniões técnicas ao Tribunal“, afirmou o TSE, em nota.

Em novembro de 2021 houve um teste da urna eletrônica. O Exército foi convidado a participar, mas não mandou representante.

O general da reserva Fernando Azevedo deverá ser o novo diretor-geral do TSE em fevereiro. Azevedo foi ministro da Defesa até março de 2021, até ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. A escolha do general tem o objetivo, entre outros, de contrapor os questionamentos dos militares sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Eis a íntegra da nota do TSE:

Informamos que o TSE está em recesso e o assunto será levado ao presidente quando da retomada das atividades.

Ressaltamos que os questionamentos apresentados em dezembro de 2021 pela comitiva enviada pelo comandante de Defesa Cibernética das Forças Armadas e representante da instituição na Comissão de Transparência das Eleições (CTE), general Heber Portella, tramitam de forma sigilosa a pedido do próprio Exército.

Reforçamos que as Forças Armadas, assim as demais entidades que participam da Comissão, têm prerrogativa para solicitar ao TSE mais esclarecimentos sobre o processo eleitoral e agendar reuniões técnicas ao Tribunal.

Poder 360

AL volta às atividades com leitura remota da mensagem

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte reabre os trabalhos da quarta e última sessão legislativa, da 62ª Legislatura, na manhã da próxima quarta-feira (02 de fevereiro), com a leitura da mensagem anual da governadora Fátima Bezerra (PT). A governadora fará a leitura ao Legislativa, mas sem a participação presencial dela em plenário, como informou o secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Raimundo Alves Júnior.  “Sim, está confirmada, mas como a Assembleia vai funcionar no modelo híbrido, a governadora fará a leitura da mensagem de forma remota”, disse Raimundo Alves.

Assembleia retoma as atividades legislativa na próxima quarta-feira, com a leitura da mensagem anual da governadora

Por conta da nova fase da pandemia de coronavirus e aumento do número de casos nas últimas semanas, como já ocorreu em 2021  com a participação presencial da governadora do Estado, o presidente da Assembleia, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), não vai proceder com todos os protocolos.

Embora declare aberta a sessão solene presencialmente, Ezequiel Ferreira de Souza não deixará a mesa para atos formais, como a revista às tropas da Polícia Militar no pátio externo do Palácio José Augusto, em frente à praça 7 de Setembro, e outros ritos oficiais e tradicionais da abertura das atividades legislativas.

Ezequiel Ferreira abrirá os trabalhos no horário regimental, às 10h30 e, em seguida, facultará a palavra a governadora do Estado.

O secretário-chefe do Gabinete Civil antecipou, resumidamente, como será o conteúdo da mensagem governamental: “O balanço vai mostrar que o Rio Grande do Norte já é hoje um Estado diferente”.

Segundo Raimento Alves Júnior, a governadora Fátima Bezerra vai dizer que “herdamos o governo do Estado em situação falimentar e estamos finalizando o pagamento de R$ 1 bilhão de dívidas com os servidores. Recuperamos a capacidade de investimento que já alcançou a cifra de R$ 1,1 bilhão em despesas liquidadas”.

Ele informou, ainda, que a chefe do Executivo apresentará aos 24 deputados como “melhoramos o ambiente de negócios, recuperamos a credibilidade do Estado, enfrentamos o negacionismo e salvamos vidas”.

“Ao longo de três anos acumulamos muita experiência na arte de governar e decepcionamos os que apostavam que não iriamos conseguir. Vamos apresentar um Rio Grande que agora tem norte”, destacou o secretário do Gabinete Civil, ao comentar o teor da mensagem que deve ser lida pela governadora na próxima quarta.

Coronavírus

Com a reacelaração de casos de Covid-19, o presidente da Legislativa, já havia emitido portaria, no dia 12, determinando que o expediente dos servidores até a segunda-feira (31) seria de terça a quinta-feira, das 8 horas às 13 horas, com até 50% dos quadros das unidades administrativas de forma presencial e em escalas de revezamento, enquanto na segunda e na sexta adotou-se o teletrabralho.

A medida foi prorrogada por Ezequiel Ferreira até o dia 04 de março, considerando recomendação da Divisão de Programas Complementares de Saúde e Bem-Estar da Assembleia, conforme ato da mesa publicado, ontem, no ”Diário Oficial.

Desde ontem que as dependências da Assembleia Legislativa passam por mais uma desinfecção, começando pelo anexo da rua Jundiaí e da Escola da Assembleia, na segunda (31) será a vez do Palácio José Augusto e dos gabinetes dos 24 deputados estaduais, encerrando-se no dia 06 de fevereiro com o anexo da rua São Tomé.

Fonte: Tribuna do Norte

Em ‘declaração’ à PF, Bolsonaro diz que exerceu ‘direito de ausência’ ao não comparecer a depoimento

Foto: 16/12/2021 REUTERS/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em “declaração” enviada por escrito à Polícia Federal que exerceu o “direito de ausência” ao não comparecer nesta sexta-feira (28) para prestar depoimento no inquérito que apura se ele vazou informações sigilosas durante uma transmissão ao vivo por rede social.

A Advocacia-Geral da União (AGU) havia impetrado um recurso no Supremo Tribunal Federal para que Bolsonaro não precisasse comparecer ao depoimento. Mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, rejeitou o pedido. Na hora marcada para o depoimento, 14h, Bolsonaro estava no Palácio do Planalto.

No recurso, a AGU pediu a reconsideração da decisão de Moraes ou, se não fosse atendida, que o recurso fosse submetido ao plenário do STF, a fim de que fosse reformada a decisão do ministro, “explicitando-se que ao agente político é garantida a escolha constitucional e convencional de não comparecimento em depoimento em seara investigativa”.

Na carta enviada à PF, Bolsonaro reiterou essa tese.

“Eu, Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República, domiciliado no Palácio do Planalto, Brasília/DF, neste ato representado pela Advocacia-Geral da União, nos termos do artigo 22 da Lei nº 9.028/1995, venho, respeitosamente, informar à Autoridade de Polícia Federal responsável pela condução das investigações do IPL nº. 2021.0061542 que exercerei o direito de ausência quanto ao comparecimento à solenidade designada na Sede da Superintendência da PF para o corrente dia, às 14:00, tudo com suporte no quanto decidido pelo STF, no bojo das ADPF’s nº 395 e 444”, diz o presidente no documento enviado à PF (leia a íntegra ao final desta reportagem).

No texto, Bolsonaro citou duas ações (arguições de descumprimento de preceito fundamento, ADPFs) julgadas pelo STF. No julgamento, o tribunal proibiu a condução coercitiva, ato no qual um juiz manda a polícia levar um investigado ou réu para depor num interrogatório.

Em 2018, a Corte analisou as duas ações — propostas pelo PT e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) —, cujo objetivo era proibir as conduções, usadas com frequência na Operação Lava Jato. O instrumento foi usado, por exemplo, para levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em 2016.

O argumento era que a condução ofendia a Constituição, por supostamente ferir o direito da pessoa de não se autoincriminar. Prevaleceu no julgamento a posição do ministro Gilmar Mendes. Para ele, a condução coercitiva implica exposição e coação arbitrárias, que interfere no direito de locomoção, na liberdade, dignidade da pessoa humana, defesa e de garantia de não-autoincriminação.

‘Tudo em paz’

Na manhã deste sábado, Bolsonaro saiu da residência oficial do Palácio do Alvorada para ir ao Colégio Militar, onde estuda a filha, e para visitar a Catedral de Brasília.

Na saída, foi questionado por duas vezes se desejava fazer algum comentário a respeito da decisão de Moraes.

Na primeira, mudou de assunto ao responder: “Você [repórter] quer falar sobre o quê, o Auxílio Brasil? É isso?”, desconversou.

Ao final da entrevista, foi questionado novamente sobre o tema. “Não, não, não. Está tudo em paz, tudo tranquilo, aí, tá ok?”, afirmou.

A decisão de Moraes

Na decisão que rejeitou o pedido de Bolsonaro para não comparecer, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o recurso foi apresentado fora do prazo pela Advocacia-Geral da União (AGU). O prazo para recorrer da tomada do depoimento, apontou o ministro, havia se encerrado em 6 de dezembro.

Além disso, Moraes afirmou que, diferentemente do que diz o recurso, Bolsonaro “concordou expressamente com seu depoimento pessoal”. E concluiu que a mudança de posição configura “preclusão lógica”, que ocorre uma parte em um processo ou investigação adota comportamentos que se contradizem. “Comportamentos processuais contraditórios são inadmissíveis e se sujeitam à preclusão lógica”, afirmou Moraes na decisão.

Em decisão de 2021, o ministro do STF já havia estabelecido que a PF tinha até sexta-feira (28) para ouvir Bolsonaro no inquérito.

A investigação

O inquérito foi aberto para investigar a divulgação feita pelo presidente, em redes sociais, de dados e documentos sigilosos de um inquérito não concluído sobre ataques ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As informações da apuração foram distorcidas na “live” e tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusão do inquérito. A Polícia Federal vê indícios de crime.

A divulgação do inquérito sigiloso ocorreu em meio a uma série de ataques de Bolsonaro para colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.

O presidente chegou a publicar um link com a íntegra do inquérito sigiloso, que a PF não tinha sequer concluído. O inquérito vazado diz que um hacker teve acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas em 2018 – o que não gerou qualquer consequência, porque não possibilitou alterar a votação.

Íntegra da carta à PF

Leia abaixo a íntegra da carta enviada nesta sexta por Bolsonaro à Polícia Federal.

Declaração

Eu, Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República, domiciliado no Palácio do Planalto, Brasília/DF, neste ato representado pela Advocacia-Geral da União, nos termos do artigo 22 da Lei nº 9.028/1995, venho, respeitosamente, informar à Autoridade de Polícia Federal responsável pela condução das investigações do IPL nº. 2021.0061542 que exercerei o direito de ausência quanto ao comparecimento à solenidade designada na Sede da Superintendência da PF para o corrente dia, às 14:00, tudo com suporte no quanto decidido pelo STF, no bojo das ADPF’s nº 395 e 444.

Colho o ensejo de informar, em acréscimo, que colacionei, através de representação processual, em manifestação datada e protocolada em 26/01/2022, os esclarecimentos que reputava pertinentes levar ao conhecimento dessa Polícia Federal, para além do pleito de remessa dos autos ao PGR, por entender presentes elementos que permitem, desde logo, a adoção das providências contidas na parte final do art. 1º da Lei nº 8.038/90, ante a manifesta atipicidade do fato investigado.

Sem mais, renovo protestos de estima e consideração.

Brasília, 28 de janeiro de 2022

Jair Messias Bolsonaro

Presidente da República

g1

Governo anuncia que se reunirá com representantes dos professores na próxima segunda-feira

Governo anuncia que se reunirá com representantes dos professores na próxima segunda-feira

Sobre o reajuste de 33% para os professores, percentual definido pelo Governo Fedederal, o Executivo estadual anuncia para próxima segunda-feira reunião com representantes dos docentes.

Mais uma nota foi divulgada pelo Governo:

A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN, em referência à atualização do Piso Nacional do Magistério Público para 2022, informa que está em diálogo com outros setores da administração estadual para realizar o cálculo do impacto deste reajuste salarial. Em respeito a categoria,o Governo do RN se reunirá com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN na próxima segunda-feira (31) para tratar deste tema.

SANTO ANTONIO: Obras de pavimentação avançam em ruas do bairro Santa Luzia: “Esperei 10 anos por esse momento”, diz moradora

Deu no Blog Amigos da Onça

As obras de pavimentação estão a todo vapor nos bairros de Santo Antônio. Uma das obras mais aguardadas pelos moradores do Bairro Santo Luzia avança e, em breve, transformará a realidade daquela localidade, onde antes o cenário era de lama, poeira, buracos e esgotos a céu aberto.

Por determinação do prefeito Raulison Ribeiro, os serviços foram iniciados desde o início do ano, com as máquinas fazendo a compactação da base, e posteriormente calçamento em paralelepípedo. Os trabalhos serão seguidos da construção de meio fio e calçadas. As obras nas duas primeiras ruas estão em ritmo acelerado. A previsão é que até em 45 dias serão concluídas as obras.

Governo paga neste sábado (29) salários atrasados de dezembro de 2018 a 53 mil servidores

São beneficiados quem recebe até R$ 3.500,00 líquido. Demais servidores recebem em maio. Também será pago segunda parcela de janeiro 2022

O Governo do Estado conclui neste sábado (29) o pagamento da quarta folha de salários não pagos pela gestão anterior para 53 mil servidores ativos e inativos com vencimentos até R$ 3.500,00 líquido. Este pagamento é referente à folha salarial de dezembro de 2018. “Quando assumimos em 2019 os servidores públicos estavam com quatro folhas de salários em atraso. Nos últimos três anos pagamos os salários em dia e três folhas deixadas em atraso. Agora estamos quitando esta herança perversa e concluindo o pagamento de todos os salários atrasados de 65% dos servidores”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

A dívida das folhas não pagas era de quase R$ 1 bilhão. Dos 85 mil servidores que tinham salários atrasados, o Governo do Estado vai concluir amanhã o pagamento de 53 mil. No final de março será concluído o pagamento de outros 22,5 mil e o restante receberá o pagamento no final de maio. Com o pagamento deste sábado ficará faltando quitar aproximadamente R$ 200 milhões.

Ao confirmar o pagamento a governadora disse que isto foi possível por que o Rio Grande do Norte tem uma equipe de governo séria, honesta, comprometida com a população, e que promoveu o equlíbrio financeiro e fiscal. “Salário em atraso para esse grupo agora é página virada, ficou no passado. E até maio vamos quitar a folha de dezembro de 2018 de 100% dos servidores. Isso é compromisso com o servidor!, declarou Fátima Bezerra.

Também neste sábado (29) o Governo do RN paga a segunda parcela dos salários de janeiro. “É como tenho dito, isso não é mágica, é gestão que tem compromisso e respeito ao servidor!”, concluiu a governadora.

Bolsonaro anuncia reajuste de 33% para piso de professores

Presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto; chefe do Executivo decidiu pelo reajuste máximo do piso salarial de professores

Governo estima que mais de 1,7 milhão de professores serão beneficiados 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta 5ª feira (27.jan.2022) que o governo federal concederá reajuste de 33,24% no piso salarial de professores da educação básica, conforme adiantou o Poder360

“Esse é o maior aumento já concedido, pelo Governo Federal, desde o surgimento da Lei do Piso”, afirmou em publicação em seus perfis nas redes sociais.

De acordo com nota oficial do Ministério da Educação, valor mínimo dos vencimentos de R$ 2.886,24 será de R$ 3.845,63. Eis a íntegra (118 KB).

Como antecipou o Drive, newsletter premium do Poder360, no final da tarde de 4ª feira (26.jan), Bolsonaro determinou ao ministro Milton Ribeiro (Educação) a “missão” de conceder o reajuste máximo para o piso salarial de professores, conforme estabelece a Lei do Piso do Magistério (11.738/2008).

Segundo o MEC, “a definição do valor acontece após estudo técnico e jurídico do MEC que analisou a matéria e permitiu a manutenção do critério previsto na atual Lei 11.738 de 2008”.

“Mais de 1,7 milhão de professores, dos Estados e Municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de alunos nas escolas públicas serão beneficiados”, disse Bolsonaro.

Leia mais no Poder360

Justiça Eleitoral cassa mandatos de vereadores do DEM de Currais Novos por fraude na cota de gênero

Justiça Eleitoral cassa mandatos de vereadores do DEM de Currais Novos por fraude na cota de gênero

O juiz eleitoral, Ricardo Fagundes, determinou a cassação de todos os vereadores eleitos pelo DEM no município de Currais Novos por fraude na cota de gênero na nominata do partido no número de candidaturas femininas.

No caso, foi apontado que a candidatura de Arituza Costa de Azevedo teria sido “laranja” para o partido alcançar a cláusula de barreira. Alguns elementos corroboraram a fraude, segundo o magistrado, como o fato da candidata não ter nenhum voto, nem mesmo o seu, além dos fatos de que ela é cunhada e trabalhou na campanha do vereador Antônio Marcos Toledo de Xavier. Além disso, Arituza reside e trabalha na cidade de Natal e não foi a Currais Novos nem para participar da convenção partidária, o que foi corroborado no depoimento de outros correlegionários ouvidos de que ela não participou de nenhum ato de campanha no município e a prestação de contas não houve qualquer movimentação financeira.

“Diante de todo o exposto, JULGO PROCEDENTE os pedidos formulados na presente Ação de Impugnação de Mandato Eletivo para o fim de: a) reconhecer, a prática de abuso de poder, consubstanciada na fraude à norma constante no artigo 10, § 3°, da Lei n.° 9.504/1997 (cota de gênero), perpetrada em coautoria pelos impugnados ARITUZA COSTA DE AZEVEDO e ANTÔNIO MARCOS DE TOLEDO XAVIER, os quais ficam inelegíveis pelo prazo de 08 (oito) anos; b) Tornar sem efeito o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários – DRAP do Partido Democratas – DEM de Currais Novos e determinar tanto a ANULAÇÃO DOS VOTOS recebidos por esta legenda no sistema proporcional das Eleições Municipais de 2020, conforme preconizado pelos artigos 222 e 237, ambos do Código Eleitoral, como também, em ato reflexo, a CASSAÇÃO DOS DIPLOMAS de MANDATOS ELETIVOS dos eleitos e suplentes, ordenando, ainda, a necessária atualização nos sistemas CAND/SISTOT, a fim de melhor refletir o teor desta
decisão”.

Fonte: Justiça Potiguar

PSDB articula chapa com até 12 candidatos à reeleição no RN

Os presidentes estaduais do PSDB e PL, o deputado estadual Ezequiel Ferreira e o deputado federal João Maia, respectivamente, retomam hoje o diálogo político para formação de um “chapão” para a disputa de cadeiras na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. “O PSDB está iniciando uma série de conversas e os deputados pretendem sim formar uma grande nominata com 25 nomes e a ideia é aumentar a bancada na Assembleia”, diz Ferreira.

Ezequiel Ferreira de Souza articula para ampliar a chapa proporcional do PSDB na disputa por vagas na Assembleia

Ezequiel Ferreira de Souza articula para ampliar a chapa proporcional do PSDB na disputa por vagas na Assembleia

Atualmente com uma bancada de cinco deputados – Gustavo Carvalho, José Dias, Raimundo Fernandes, Tomba Farias e o próprio Ezequiel Ferreira, que também preside a Assembleia, o PSDB tenta trazer para os seus quadros os três deputados do Partido Liberal – George Soares, Kleber Rodrigues e Ubaldo Fernandes, além de já ter como certa a filiação do deputado Albert Dickson (Pros).

“Com força no segmento evangélico, o deputado Albert Dickson, sempre é bem votado na capital e no interior e vai assinar a ficha de filiação dos tucanos”, reforçou Ferreira, a respeito da composição do chamado “chapão” com 17 candidatos a deputado e oito canditadas à deputada, garantido o mínimo exigido de 30% para mulheres pelas regras eleitorais.

Ezequiel Ferreira diz que o PSDB “também acredita no potencial e na capacidade das mulheres para contribuir em 2022. Ainda neste semestre, o partido vai realizar um evento para mulheres no Oeste Potiguar. A data e a cidade estão sendo definida”.

Segundo ele, o partido está conversando com deputados de outras legendas, especula-se que estão foco a deputada Eudiane Macedo, a única parlamentar do partido Republicanos na Assembleia e com pelo menos dois dos três deputados do PSD – Vivaldo Costa e Jacó Jácome.

Todas as conversas em torno das filiações, segundo o presidente do PSDB, levará em conta a chamada ‘janela partidária’, período entre 3 de março e 1º de abril, em que deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.

O deputado João Maia já havia antecipado à TRIBUNA DO NORTE no dia 18, que estava aguardando apenas a recuperação do deputado Ezequiel Ferreira, que fora acometido de Covid-19 e Influenza e já há cinco dias estava recuperado  e despachando no gabinete da presidência da Assembleia, a fim de que ambos voltassem a conversar sobre a formação do chapa proporcional. “Na verdade nós temos um deadline (prazo final) pra isso, até 30 de março para concluir essa conversa”, dizia ele.

O presidente dos tucanos informou, ainda, que a presidente da União dos Vereadores e Vereadoras do Rio Grande do Norte (UVERN), Larissa Rosado deve concorrer a uma cadeira de deputada federal, enquanto sua mãe, a ex-deputada Sandra Rosado, “vem mostrando disposição em retornar à Assembleia Legislativa”. Para a Câmara Federal, a chapa contará com o reforço do vereador natalense Kleber Fernandes, que já insinuou sua pré-candidatura nas redes sociais.

Ezequiel Ferreira estimula a pré-candidatura das duas, considerando que Mossoró é o segundo maior colégio eleitoral do Estado – tinha 176.931 eleitores até dezembro de 2021, último número oficialmente divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Nomes novos como a influente digital Leila Maia, idealizadora dos projetos “RN Saudável” e “Ponte da Vida” também já acertou sua filiação. Ela tem hoje mais de 61 mil seguidores só no Instagram”, avisou.

Ele também citou a empresária Adriana Pessoa, que tem atuação no Agreste Potiguar e foi segundo lugar na eleição de Passa e Fica, “só com comícios virtuais poderá ser um nome”. A médica Tássia Veríssimo, que foi prefeita do PSD em João Dias no Alto Oeste Potiguar, assegurou Ferreira, “está vindo somar com o PSDB. Ela hoje atende como médica em Parnamirim e é esposa do ex-deputado Carlos Augusto Maia”.

Eleições 2022: Pré-candidaturas antecipam trocas de partidos

Adriana Ferraz, Davi Medeiros, Gustavo Queiroz e Renato Vasconcelos
Agência Estado
Com os pré-candidatos à Presidência da República lançados oito meses antes da eleição, deputados e senadores passaram a antecipar a busca por partidos alinhados às suas posições eleitorais. O troca-troca partidário teve início ainda em 2021 e nesta quarta-feira, 26, se acentuou com evento que marcou a migração em bloco de integrantes do MBL – antes espalhados por várias legendas – para o Podemos de Sérgio Moro.
Candidatos à reeleição buscam o melhor posicionamento na busca por manter a vaga na Câmara dos Deputados e no Senado

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No caso dos deputados federais, estaduais e distritais, o movimento contraria norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que abre a janela partidária para trocas de siglas só a partir de 3 de março. Mas a antecipação da pré-campanha ao Planalto, aliada a acordos entre as agremiações, “liberou” os parlamentares a mudar de casa ou ao menos anunciar essa intenção antes da hora.

Desde meados do ano passado, ao menos oito deputados federais já se filiaram a legendas diferentes das que os elegeram em 2018, segundo levantamento feito pelo Estadão. Somados os que revelaram essa intenção ou que só assinaram a ficha em atos simbólicos, como Kim Kataguiri ontem (que trocará o DEM pelo Podemos), a conta vai a 13.

Entre os senadores – que são “donos” de seus mandatos e, por isso, podem mudar de sigla a qualquer tempo – o total de trocas efetivadas e anunciadas chega a 14. Segundo o Senado, 12 deles já avisaram a Casa oficialmente. Nesta lista, está, por exemplo, Fabiano Contarato (ES), que deixou a Rede para se filiar ao PT.

A antecipação à janela é atípica, já que o parlamentar pode responder por infidelidade partidária se a agremiação de origem ou o Ministério Público eleitoral decidir entrar com representação na Justiça. Para contornar possíveis punições, alguns deputados recorrem ao TSE para solicitar a mudança fora do período permitido. É possível, por exemplo, pedir desfiliação por “justa causa” em caso de incorporação, fusão ou criação de uma sigla, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e, ainda, discriminação pessoal. Caso contrário, pode haver perda do mandato.

‘Fator Moro’

Realizado ontem, em São Paulo, o evento simbólico de adesão do MBL ao Podemos contou com o deputado estadual por São Paulo Arthur do Val (agora ex-Patriota), que pretende se lançar ao governo do Estado. Ele afirmou que o “fator Moro” foi decisivo para o ingresso antecipado na legenda. “Temos apoio recíproco das respectivas pré-candidaturas. É natural que estejamos no mesmo partido”, disse. “Essa união não é entre partidos políticos, é entre movimentos, partidos e pessoas. Setor privado e sociedade civil. O PT está ameaçando voltar para São Paulo. Precisa colocar aqui no Estado de São Paulo uma posição firme e forte contra esse tipo de proposta”, afirmou Moro.

Expulso do DEM em 2019, Do Val obteve autorização para migrar para o Patriota e, agora, trocar de agremiação de novo. Kataguiri tentará contornar a janela partidária solicitando acordo ou saída da atual sigla por justa causa, o que poderá ocorrer se a fusão do DEM com o PSL para a formação do União Brasil for homologada antes da janela partidária.

Outros quatro parlamentares usam estratégia parecida na tentativa de evitar a perda do mandato, anunciando a saída sem, de fato, deixar a legenda. É o que aconteceu, por exemplo, com o deputado federal Tulio Gadelha (PDT-PE). Apesar de afirmar publicamente que migraria para a Rede, Gadelha segue no PDT e participou da convenção nacional do partido, data em que o nome de Ciro Gomes foi anunciado como pré-candidato ao Planalto. Em nota, o PDT afirmou que não pretende solicitar punição ao parlamentar.

Reforços

Outros presidenciáveis também têm atraído quadros para os seus respectivos partidos ou siglas aliadas. No caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não apenas o PT tem ganhado quadros novos, mas também o PSB – ambos ensaiam a oficialização de uma federação que incluiria ainda o PSOL e o PCdoB.

Marcelo Freixo (RJ) é exemplo desse movimento. Pré-candidato ao governo do Rio, ele saiu do PSOL após acordo e migrou para o PSB no ano passado, com o apoio de Lula. Atual governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado, Flávio Dino deixou o PCdoB para seguir o mesmo caminho.

O PSB atrai nomes até do Centrão que não apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, como Jorge Boeira (RS), que saiu do PP, e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que, autorizado pela Justiça Eleitoral, já anunciou sua desfiliação do PL, nova sigla do presidente.

Ramos está em tratativas com o PSB e disse não ter restrições quanto a subir no palanque de Lula no Amazonas. Sua única certeza, segundo ele, é não apoiar Bolsonaro. “Não posso permanecer em um partido que tem um presidente da República que considero não ser bom para o País, que, graças a ele, entrou em situação sanitária grave e uma crise econômica desesperadora. Não dá para ajudar um projeto que criou essas condições.” O deputado também mantém diálogo com Solidariedade, Republicanos, União Brasil e PSD.

Também crítico ao governo federal, o ex-ministro e ex-deputado federal Maurício Quintella (AL) anunciou sua saída da sigla um dia após a chegada de Bolsonaro, deixando a presidência do diretório alagoano para o deputado Sérgio Toledo (AL). “Todos nós, do diretório, apoiamos a entrada do presidente; quem não apoiou, se desfiliou, como o Quintella”, declarou Toledo.

‘Efeito Bolsonaro’

No sentido contrário, o “efeito Bolsonaro” também foi responsável por atrair nomes para o PL. As deputadas Bia Kicis (DF) e Carla Zambelli (SP) acenam ao partido, assim como os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

O governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também têm buscado novos quadros (não apenas deputados e senadores) para fortalecer suas campanhas e facilitar alianças regionais. O tucano conseguiu neste ano “tirar” o presidente estadual do Podemos do Paraná da aliança com Moro e filiá-lo ao PSDB para disputar o governo do Estado. Ano passado, já tinha assinado a ficha de Joice Hasselmann (SP).

Ciro atraiu o deputado federal David Miranda (RJ), que deixará o PSOL por causa do provável apoio do partido a Lula. A perspectiva é que mais trocas ocorram a partir de março. Doria, Ciro e Moro disputam entre si protagonismo na chamada terceira via.

Pressa

O cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, avaliou que o retorno de Lula ao tabuleiro eleitoral acelerou as mudanças partidárias. “As pessoas se apressam para se mostrar ou distantes do projeto político de Lula ou próximas de seus valores e ideologias”, disse. Prando acrescentou que a antecipação é esperada em uma sociedade hiperconectada e pautada pelo imediatismo. Segundo ele, há uma necessidade constante de se manifestar o quanto antes sobre os acontecimentos da arena política, fornecendo respostas rápidas aos eleitores.

“O tempo da política institucional, com toda a burocracia legislativa, remonta a séculos passados. Hoje, esperam-se respostas imediatas dos parlamentares”, afirmou.

Bolsonaro libera aumento de 33% para piso de professores

O presidente Jair Bolsonaro determinou ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que conceda o reajuste máximo para o piso salarial de professores, conforme estabelece a Lei do Piso do Magistério (11.739/2008). Isso levará o valor mínimo dos vencimentos de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,34, uma alta de 33,23%.

O Poder360 apurou que no final da tarde desta 4ª feira (26.jan.2022) Bolsonaro determinou diretamente a Milton Ribeiro que a “missão” é conceder o aumento, contrariando entendimento de alguns técnicos da área financeira do Ministério da Educação, e, sobretudo, de governadores e de prefeitos que terão suas finanças pressionadas.

Confirmada a decisão do Ministério da Educação, o reajuste do piso salarial dos professores da rede pública será de 33,2%. O custo para Estados e cidades com esse aumento será na casa de R$ 30 bilhões neste ano, de acordo com cálculos divulgados em nota pela Confederação Nacional de Municípios. Para o governo federal, segundo apurou o Poder360, o valor seria de R$ 3,8 bilhões neste ano. “Podemos cortar esse valor de outros ministérios”, disse Bolsonaro a seus ministros que acompanham o tema.

Com essa decisão, o presidente adota uma estratégia relevante neste ano eleitoral. Embora exista pressão de governadores, e, sobretudo, prefeitos para que o reajuste não seja de 33,23%, ninguém aparece em público. O custo político seria todo do Palácio do Planalto. Bolsonaro não está disposto a bancar esse desgaste e determinou que o aumento seja dado.

Há controvérsia a respeito de como deve ser calculado o reajuste do piso dos professores.

A Lei do Piso do Magistério (11.739/2008) manda definir o valor com base no custo mínimo nacional por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A definição fica por conta do Ministério da Educação. Se essa regra for seguida, chegará ao percentual de 33,23%. Assim, o piso salarial vai de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,34.

O valor aluno/ano do Fundeb (conhecido pela sigla Vaaf) que vigorou em 2021 foi divulgado na portaria nº 10, assinada pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Economia em 10 de dezembro de 2021. Ficou em R$ 4.462,83.

Em 2020, o Vaaf havia sido de R$ 3.349,56.

A diferença de 2020 para 2021 foi de R$ 1.113,06. Isso equivale aos 33,23% de reajuste –que também precisam ser aplicados ao piso nacional dos professores da rede pública.

Há cerca de 2 milhões de professores da educação básica na rede pública que estão ligados sobretudo a prefeituras. Os prefeitos ficam com o maior custo do aumento agora em 2022.

Ocorre que as regras do Fundeb foram alteradas em 2020 por meio da emenda constitucional 108. O Fundo passou a ter mais dinheiro vindo da União. Esse volume maior de recursos fez com que aumentasse também o valor aluno/ano do Fundeb.

Por conta dessa alteração no Fundeb, o Ministério da Educação divulgou uma nota em 14 de janeiro de 2022, na qual afirmava que “conforme o entendimento jurídico, o critério previsto na Lei 11.738/2008 faz menção a dispositivos constitucionais e a índice de reajuste não mais condizentes com a mudança realizada pela EC nº 108/2020, que cria o novo Fundeb com características distintas da formatação dada pela Emenda Constitucional nº 53/2006”.

O MEC concluía assim sua nota: “Diante disso, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica, trabalha nesse momento no levantamento de subsídios técnicos de suas áreas para conferir uma solução à questão”.

A emenda 108 determina que “lei específica disporá sobre o piso salarial profissional” do magistério. Como o Congresso não apreciou novo projeto sobre o tema, há um vácuo legal. O governo pode tanto seguir a regra anterior como baixar uma nova norma a respeito enquanto não é aprovada numa nova lei.

Dentro desse cenário de dúvida, circularam em Brasília rumores de que o governo poderia baixar uma medida provisória e reduzir o percentual de reajuste para o salário de professores da rede pública.

Em 24 janeiro de 2022, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e outros colegiados da Casa soltaram uma nota condenando o posicionamento do MEC. Defendiam o “cumprimento integral do piso nacional consagrado em nossa legislação desde 2008”.

Foi nesse momento que o Palácio do Planalto percebeu com clareza que havia uma disputa política em curso. A rigor, a interpretação das leis que regem o aumento salarial de professores permite vários tipos de entendimento. Do ponto de vista estrito do rigor fiscal, seria possível adotar uma fórmula mais rígida, com um aumento menor.

Mas Bolsonaro e seus assessores perceberam que só o Planalto e o Ministério da Educação estavam ficando com esse ônus. Os prefeitos e governadores, que não querem o reajuste, não se manifestam em público. No Congresso, a maioria dos grupos de esquerda e adversário do governo defendem o reajuste máximo. Diante desse cenário, o presidente da República determinou a adoção do percentual de 33,23% para o reajuste.

Poder 360

Busca pela primeira dose cresce quase 400% no RN após passaporte vacinal

Vacina Oxford/AstraZeneca para imunizacao em profissionais de saude do Hospital de Reabilitação do Paraná que tem leitos exclusivo de combate à Covid-19. Curitiba, 27/01/2021. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A exigência do passaporte vacinal para ingresso em shoppings, bares, restaurantes e locais fechados no Rio Grande do Norte fez a procura pela primeira dose da vacina contra a covid-19 disparar. De acordo com a plataforma, RN + Vacina, a procura pela D1 uma semana após o anúncio do passaporte vacinal aumentou 347%.

Em números absolutos, 19.005 D1s foram aplicadas a partir do dia 18 de janeiro, data em que o Governo do Estado publicou o decreto com a norma. Uma semana antes, do dia 11 ao dia 17, a soma tinha sido de 4.247 doses.

Os números obtidos pela reportagem da Tribuna do Norte indicam que, em janeiro, foram aplicadas 26.726 D1s no Estado. Dessas, 19.005 foram aplicadas após o anúncio do passaporte, o que corresponde a 71% do total.

Nos postos de saúde de Natal, são vários os relatos de profissionais de saúde sobre pessoas procurando a primeira dose da vacina. Na maioria dos casos, os usuários alegam a exigência do passaporte vacinal como justificativa para a acessar o imunizante.

Tribuna do Norte

Covid-19: Brasil bate novo recorde de casos registrados em 24h

Primeiro dia de flexibilização do uso de máscaras ao ar livre no Estado do Rio de Janeiro.

© 28/10/2021_Fernando Frazão/Agência Brasi

Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Brasil bateu novo recorde de casos registrados em 24 horas. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 224.567 diagnósticos positivos de covid-19. Foi o maior número desde o início da pandemia. Com esses novos dados, o total de pessoas infectadas desde a chegada do coronavírus ao Brasil chegou a 24.535.884. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde contabilizava 24.311.317 casos acumulados.

O total de casos em acompanhamento de covid-19 está em 1.875.303. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

O número de pessoas que perderam a vida em consequência da covid-19 alcançou 624.413. Em 24 horas, foram registradas 570 mortes pelas autoridades de saúde. O sistema de informações contabilizava ontem 623.843 óbitos causados pela covid-19.

Ainda há 3.146 falecimentos em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 22.036.168 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 89,8% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta quartafeira (26). Nela, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (156.950), Rio de Janeiro (69.726), Minas Gerais (57.038), Paraná (41.065) e Rio Grande do Sul (36.749).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.860), Amapá (2.043), Roraima (2.086), Tocantins (3.986) e Sergipe (6.079).

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza informações sobre a pandemia de covid-19 no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza informações sobre a pandemia de covid-19 no Brasil. – Ministério da Saúde

Vacinação

Até esta quarta-feira (26), foram aplicados 350,4 milhões de doses, sendo 163,5 milhões com a 1ª dose e 150,9 milhões com a 2ª dose ou dose única. Outros 35,6 milhões já receberam a dose de reforço.